Caro Aluno:
Seja bem-vindo ao curso de Química.
A Química é a ciência que estuda os materiais que constituem a natureza, sua composição e preparação, as transformações que sofrem, as energias envolvidas nesses processos e a produção de novos materiais. A Química está presente em todas as atividades da humanidade. Muitas vezes informações imprecisas, como “este alimento não contém química”, ou alarmistas como “a energia nuclear mata”, levam o homem a “ter uma visão distorcida” da Química. É necessário, portanto, fazer uma análise dos benefícios e malefícios que essa ciência traz.
É impossível imaginarmos um mundo privado de combustíveis, medicamentos, fertilizantes, pigmentos, alimentos, plásticos etc., produtos fabricados em indústria química.
Os problemas que podem surgir dependem da forma de produção e aplicação desses produtos, e o homem, como usuário, deve estar consciente de seus atos. Vamos então buscar conhecimentos na Química e exercitar o pensar para o melhor aproveitamento dessas informações.
Instruções para as Atividades:
- – Trace uma meta, seja disciplinado e determine seu objetivo de conclusão do curso;
- – Com muita paciência e amor leia atentamente os capítulos das apostilas;
- – Anote no caderno as dúvidas e sempre que for necessário consulte o dicionário e o glossário no final da apostila;
- – Caso tenha dúvidas com o conteúdo da matéria que estiver estudando, consulte um dos professores de Química;
- – Você poderá acessar as apostilas pelo site ceesvo.com.br;
- – É obrigatório o cuidado com a apostila, mantendo-a limpa (sem rabiscos a lápis ou caneta) e em perfeitas condições de
Deus o abençoe e bons estudos!!! Equipe de Química e Ciências.
Capítulo 1
Química Orgânica: O estudo do átomo de carbono.
- – Introdução
Há mais de dois séculos, surgia a expressão compostos orgânicos, referindo-se as substâncias produzidas por organismos vivos, ou seja animais e vegetais, surgindo assim a Química Orgânica.
Na verdade, as substâncias ditas orgânicas são conhecidas desde antes de Cristo, como por exemplo bebidas alcoólicas, vinagre, sabão de cinzas, corantes extraídos da natureza.
Em 1777 o cientista Torben Olof Bergman definiu a Química Orgânica como:
Nesta época, os alquimistas buscavam o “elixir da longa vida” , pois se acreditava que os organismos vivos eram capazes de produzir vários compostos, devido a uma força misteriosa neles existente. Era a chamada Teoria da Força Vital, proposto pelo químico Jöns Jakob Berzelius em 1807.
Porém em 1828, o químico alemão Friedrich Wöhler, a partir de um composto mineral chamado cianato de amônio (NH4OCN) conseguiu produzir o composto orgânico uréia CO(NH2)2 (substância encontrada na urina dos mamíferos).
Com essa descoberta iniciou-se o fim da Teoria da Força Vital. Após a síntese da uréia, outras substâncias orgânicas foram sintetizadas, abandonando-se assim, a Teoria da Força Vital. Por esse motivo, em 1858 Friedrich August Kekulé propôs um novo conceito aceito até os dias de hoje.
Hoje a Química Orgânica se tornou extremamente importante para a vida dos seres humanos, transformando-os em dependentes de sua produção e evolução tecnológica.
- – O átomo de carbono
Vamos estudar agora algumas particularidades do átomo de carbono e o que o torna diferente dos demais elementos químicos. Essa diferença começou a ser desvendada na metade do século XIX pelo alemão August Kekulé e o escocês Archibol Scott Couper, e possibilitou uma melhor compreensão da estrutura das substâncias orgânicas.
- – Postulados de Kekulé
Sobre um postulado não cabe qualquer discussão, discute-se apenas se a teoria formu- lada é coerente com os postulados que foram lançados.
- – Primeiro Postulado: Tetravalência constante
O elemento carbono possui 6 elétrons em sua eletrosfera (região do átomo onde se encontram os elétrons), o átomo de carbono possui duas camadas; a camada K possui dois elétrons e a camada L possui quatro elétrons, isso quer dizer que ele possui quatro elétrons em sua última camada eletrônica, necessitando assim o compartilhamento de mais quatro elétrons de outros átomos, obedecendo desta forma a Teoria do Octeto (já estudada em capítulos anteriores).
Para relembrar:
O compartilhamento entre os quatros elétrons do átomo de carbono com quatro elétrons de outros átomos ocorre através da ligação covalente. Em 1857 a tetravalência do carbono foi reconhecida por Kekulé e Couper, na qual o carbono faz quatro ligações e pode unir-se com outros carbonos formando cadeias.
Observe o exemplo do metano (CH4).
Fórmula eletrônica Fórmula estrutural
- – Segundo Postulado: Igualdade das 4 valências do carbono
As quatro ligações do átomo de carbono são iguais entre si, podemos exemplificar isso através da molécula do clorofórmio (CHCl3), pois sua fórmula estrutural pode ser representada de qualquer uma das seguintes maneiras:
- – Terceiro Postulado: Encadeamento de carbonos
O carbono (C) é capaz de formar cadeias (ligações sucessivas e em até quatro direções) com outros átomos – de carbono, de oxigênio, de nitrogênio e outros – formando cadeias curtas ou longas e com as mais variadas disposições. Essas cadeias que irão formar o “esqueleto” das moléculas das substâncias orgânicas.
Veja os exemplos abaixo:
Existem outros elementos químicos que podem formar encadeamentos ou cadeias, é o
caso do átomo de enxofre, do fósforo e outros. O átomo de carbono é o único que possui a capacidade de formar cadeias tão longas, variadas e estáveis.
2.2 – As ligações do átomo de carbono
Como vimos anteriormente o carbono é capaz de fazer quatro ligações covalentes por átomo. Cada ligação covalente envolve um par de elétrons, que são compartilhados pelo carbono e pelo elemento substituinte (o outro elemento participante da ligação).
Além disso, um átomo de carbono pode se ligar a outros átomos de carbono ou a outros átomos, seja através de ligações simples, duplas ou triplas.
Veja os exemplos abaixo:
- O carbono pode fazer 4 ligações
- O carbono pode fazer 2 ligações simples e 1 ligação
- O carbono pode fazer 2 ligações
- O carbono pode fazer 1 ligação simples e 1 ligação
Veja alguns exemplos abaixo:
- Hidrocarboneto Metano (CH4)
ligação simples
- Hidrocarboneto Eteno (C2H4)
ligação simples ligação dupla
- Hidrocarboneto Etino
ligação simples
ligação tripla
- Hidrocarboneto Propadieno
ligação simples
Capítulo 2
Química Orgânica: A Química Orgânica em nosso dia-a-dia.
- – Introdução
A ciência Química já existe há alguns séculos. No início, ela não era uma ciência propriamente dita, mas sim um conjunto de conhecimentos acumulados no dia-a-dia. Mesmo assim, a química já era indispensável para o homem. Com esses conhecimentos da química (adquiridos no dia-a-dia) o homem foi aprendendo a construir ferramentas de ferro, aço, cobre e bronze, por exemplo. Aprendeu também a fazer vasos de cerâmica, preparar tintas e muitas outras coisas.
Hoje, o estudo da ciência Química é dividido em três áreas: a Química Geral, a
Físico-Química e a Química Orgânica.
A Química Geral e a Físico-Química são áreas da Química que são estudadas há alguns séculos.
Já a Química Orgânica é a área mais recente da Química. Hoje, alguns de seus conhecimentos, como por exemplo, a metalurgia, já combinava elementos em ligas metálicas desde antes de Cristo. O desenvolvimento da Química Orgânica só teve início a partir do século XIX. Essa demora no início dos estudos da Química Orgânica foi provocada por dois motivos principais:
1º – Havia pouco conhecimento sobre elementos químicos como o carbono, o hidrogênio, o oxigênio e o nitrogênio, que formam quase todas as substâncias orgânicas.
2º – Durante muito tempo utilizavam-se altas temperaturas para estudar as substâncias químicas. As substâncias orgânicas, porém, não resistem à altas temperaturas, e por isso eram pouco conhecidas.
Atualmente, a definição básica de Química Orgânica é a seguinte:
- – A Química Orgânica em nossa vida
A Química está intimamente ligada a nossa vida. Veja a seguir alguns aspectos que mostram a importância da Química Orgânica:
- – Saúde
A Química Orgânica está presente na área da saúde desde 1895, com a descoberta do ácido salicílico pelo químico Kolbe. Esta substância revelou-se muito eficaz contra reumatismos. Em 1899 foi descoberto a ácido acetilsalicílico, mais conhecido como aspirina, uma substância orgânica eficiente como analgésico (contra dores) e antitérmico (contra a febre).
Hoje, a Química Orgânica está presente na fabricação dos medicamentos de laborató- rios e farmácias, e também no estudo de novas substâncias para o combate das doenças que afetam o ser humano.
Um exemplo dos resultados das pesquisas em Química Orgânica são os antibióticos, medicamentos que combatem infecções causadas por bactérias em nosso organismo. Até o início do século XX, quando a Química Orgânica ainda não havia apresentado muitos resultados, essas infecções eram responsáveis pela maior parte das mortes.
As pílulas anticoncepcionais (contraceptivos), que possibilitam à mulher controlar sua fecundidade, também são produtos da Química Orgânica.
Nota: os medicamentos podem ser perigosos para a saúde quando usados sem orientação médica. Portanto, muito cuidado!
- – Alimentação
Os alimentos industrializados (enlatados, engarrafados, ensacados, etc.) podem receber algumas substâncias orgânicas que os modificam e conservam. Os conservantes garantem que o alimento não estrague facilmente, aumentando assim, seu prazo de validade. Os corantes dão cor aos alimentos, enquanto os aromatizantes são utilizados para dar gosto e cheiro (odor).
Com o desenvolvimento da Química Orgânica foi possível também descobrir quais alimentos fazem bem à saúde do homem e quais podem fazer mal.
Alimentos com alto teor de gordura, por exemplo, são prejudiciais à saúde. As gorduras não se dissolvem na água e, por isso, muitas delas se acumulam nos vasos sanguíneos. Se um vaso sanguíneo do coração, por exemplo, for entupido por gordura, a pessoa pode sofrer um infarto, ou até mesmo uma parada cardíaca. Se o acúmulo de gordura for em um vaso sanguíneo do cérebro, a pessoa pode ter um derrame cerebral. Contudo, as gorduras também são importantes para o nosso organismo, se não forem consumidas em excesso.
Os médicos aconselham, com base nos conhecimentos de Química Orgânica, uma alimentação à base de frutas, verduras e legumes, pois estes alimentos são melhores digeridos e aproveitados por nosso organismo.
As vitaminas são importantes para o bom funcionamento do corpo, e sua falta na alimentação pode causar várias doenças.
Os biotônicos e complementos alimentares, por exemplo, são misturas que contêm substâncias orgânicas, como vitaminas e proteínas, que reforçam o sistema de defesa do organismo, deixando-o mais saudável.
- – A Química Orgânica e os novos materiais
Dentre os novos materiais criados pela Química Orgânica, a classe mais importante é a dos polímeros.
Entre os polímeros destacam-se os seguintes:
- Polietileno – plástico usado na fabricação de brinquedos, canetas, réguas, revesti- mentos de fios de eletricidade, sacolas plásticas para embalagem de alimentos, baldes, ;
- Policloreto de vinila – plástico utilizado principalmente na confecção de tubos e dutos para encanamento. É por esse motivo que estes tubos levam o nome de tubos de PVC, sigla da substância policloreto de vinila;
- Politetrafluoretileno – é utilizado como antiaderente que reveste as panelas de teflon. Ele é um antiaderente, pois não permite que os alimentos grudem na panela;
- Politereftalano de etileno – plástico usado para fabricação de garrafas plásticas. Você já deve ter notado que as garrafas de refrigerante de 2 litros são chamadas de garrafa PET 2 litros. Estas garrafas receberam este nome porque a sigla de politereftalano de etileno é justamente PET;
- Poliuretano – usado na confecção de bolas esportivas, como as bolas de futebol;
- Poliacrilamida – tecido sintético mais conhecido como nylon, é usado na confec- ção de roupas, linhas de pesca, pára-quedas, ;
- Policarbonato – usado na fabricação de
Os polímeros competem como substitutos do aço, do ferro, da madeira, da borracha e do couro. Recentemente, os polímeros começaram a ser usados até como substitutos da pele.
Além dos polímeros, temos ainda o desenvolvimento dos carburetos metálicos, materiais à base de fibras de carbono, muito resistentes e que estão substituindo muitas peças nos automóveis. São também usados para fabricar varas de pescar, etc.
- – A Química Orgânica e os combustíveis
Os principais combustíveis conhecidos são substâncias químicas orgânicas. Entre estes combustíveis destacamos os derivados do petróleo, que é uma mistura de substâncias orgânicas, que podem ser separadas e usadas para diferentes finalidades.
Veja algumas destas substâncias e onde são usadas:
- Gás natural / gás metano (CH4) – é utilizado como combustível de automóveis e também como gás encanado;
- Gás liquefeito de petróleo (GLP) – é o gás usado como gás de cozinha (butano);
- Gasolina – é usada como combustível dos automóveis;
- Óleo diesel – usado como combustível dos caminhões, ônibus e
Temos também o carvão mineral ou hulha, outra mistura de substâncias orgânicas, que é usado como combustível principalmente nos fornos das siderúrgicas.
No Brasil, o álcool, que também é uma substância orgânica, é utilizado como substituto da gasolina. Suas principais vantagens são: o baixo nível de poluição produzida e sua fonte renovável, que é a cana-de-açúcar.
O acetileno é usado em soldas na siderurgia (fabricação do ferro e do aço) e na mecânica. A Química Orgânica pesquisa ainda novos combustíveis, que sejam mais econômicos e menos poluentes.
Plástico biodegradável é quebrado por bactéria
Por que o plástico demora tanto tempo para desaparecer na natureza? Como é feito o plástico biodegradável?
Os plásticos são polímeros, material feito a partir da união de pequenas moléculas que formam uma grande. Cada molécula de plástico tem centenas de milhares de átomos,
principalmente carbono e hidrogênio, formando o polietileno.
Pode ainda haver átomos de oxigênio, no caso do poliéster, de nitrogênio no nylon e de flúor no teflon. A molécula resultante dessa mistura é muito estável, ou seja, é difícil de ser destruída. Quando o material é jogado fora, resiste muito tempo às intempéries e não se decompõe (não é destruído pelas bactérias), formando acúmulos indesejáveis. Uma das principais formas de fazer plástico biodegradável, aquele que pode ser transformado em moléculas pequenas e destruído pela ação de bactéria, é inserir grãos de amido no material. “O amido é um polímero de origem vegetal, resultado da união de moléculas de açúcar. Ele é obtido a partir do milho, mandioca, batata e cereais”, diz o químico Atílio Vanin, da Universidade de São Paulo.
Quando o plástico misturado com amido é abandonado, sofre um processo de decomposição natural porque as bactérias transformam o amido em moléculas menores, desmanchando todo o conjunto. Além disso, se o plástico for colocado no solo, os grãos de amido absorvem água e se expandem, quebrando o polímero em pequenos fragmentos que podem ser facilmente digeridos pelas bactérias.
Revista Superinteressante, ano 8, nº. 12, p.17.
Capítulo 3
Química Orgânica: Polímeros (Plásticos).
- – Introdução
Puxa, só faltava essa!
Furar o pneu do ônibus justamente hoje que vai passar aquele filme na TV…
Tudo bem, sua casa não fica longe e você esta calçando aquele tênis velho e confortável. É hora de caminhar.
Você pressiona o interruptor da campainha, sua mãe abre a porta. Você senta no sofá de couro sintético e aperta o botão que liga a TV. Ufa! Você chegou a tempo.
Enquanto isso sua mãe prepara o jantar… Ela abre a geladeira, pega o queijo, retira-o da embalagem e o utiliza no preparo de uma omelete na frigideira de teflon…
Todas as palavras destacadas no texto acima indicam objetos de seu cotidiano que geralmente são feitos de plásticos.
Estamos cercados pelo plástico.
Mas isso é bom? Ultimamente o plástico vem substituindo materiais feitos de certos metais, vidro, lata e madeira. Por quê? Você está cercado pelos plásticos e nem o conhece bem.
Vamos mudar isso agora?
Texto tirado do Projeto Escola e Cidadania.
- – Polímeros (Plástico)
Plástico você sabe o que é? Vamos agora conhecer com mais detalhes sobre essa “matéria” chamada plástico.
Os plásticos são produzidos através de um processo químico chamado polimeriza- ção, que proporciona a união química de monômeros para formar polímeros. Estes podem
ser tanto naturais quanto sintéticos.
Os naturais, tais como algodão, madeira, cabelos, chifre de boi, látex, entre outros, são comuns em plantas e animais. O sintéticos, tais como os plásticos, são obtidos pelo homem através de reações químicas.
O tamanho e estrutura da molécula do polímero determinam as propriedades do material plástico.
Você se deparou com algumas palavras diferentes como por exemplo polímeros, monômeros e outras, vamos definí-las:
- Polímero
- Monômeros
- Polimerização
O termo polímero origina-se de poli que quer dizer muitas e meros que quer dizer partes, unidades de repetição.
A molécula de um polímero é constituída por uma estrutura chamada cadeia de carbono ou cadeia carbônica.
Veja o exemplo abaixo:
~ CH2 – CH2 – CH2 – CH2 – CH2 ~
Como a molécula de um polímero é relativamente muito grande (o polietileno possui em média, mais de 20 000 unidades ~ CH2 ~) não apresentamos por inteiro e sim apenas a sua estrutura básica e o símbolo “ ~ ” que indica a continuação da cadeia.
Os compostos formados por cadeias carbônicas são chamados de substâncias orgânicas. Os materiais poliméricos são geralmente estudados pela Química Orgânica.
- – De onde vêm os plásticos
A principal matéria-prima para a obtenção do plástico são os subprodutos do petróleo. O processo de transformação que ocorre com a maioria dos polímeros, com exceção do termofixo, consiste inicialmente na obtenção do polímero (em reator) a partir de um subproduto do petróleo. O polímero é então estocado em forma de pequenos grânulos.
Fonte: http://www.google.com
- – Principais vantagens para se usar o plástico
Você sabe quais as vantagens de se utilizar o plástico?
- São mais leves;
- Mais duráveis;
- Mais fáceis de moldar;
- Não são atacados pela água (oxidação – ferrugem);
- São isolantes elétricos e térmicos.
- – Seção microscópio
Vamos falar agora sobre a forma molecular das substâncias, esse mundo de coisas pequeninas.
As moléculas são muito pequenas. Podemos, no entanto, comparar o tamanho das moléculas diferentes, já que compostos diferentes terão moléculas diferentes, isso é o que diferencia um polímero (plástico) do outro – a sua estrutura molecular (molécula).
Com relação ao tamanho das moléculas, os plásticos são imbatíveis, possuem as maiores moléculas.
Imagine agora várias moléculas de polímeros juntas. É fácil imaginá-las emaranhadas, como um novelo, o que normalmente ocorre. É essa estrutura emaranhada e a forma da molécula polimérica que explica a maioria das propriedades físicas dos plásticos.
- – Classificação dos polímeros (plásticos)
A palavra plástico tem o significado de “que pode ser moldado”. Esse termo geralmente é empregado para se referir aos polímeros artificiais.
Os plásticos podem ser geneticamente classificados em três grupos:
- Polímero Termoplástico – quando aquecidos, amolecem e permitem que sejam moldados, adquirindo o formato desejado. É o caso de polietileno (sacos e sacolas), PVC (tubos para encanamento, pisos plásticos), PVA (gomas de mascar, tintas, adesivos). Nesse grupo, as moléculas poliméricas estão emaranhadas como em um novelo. Quando, em determinada temperatura, o polímero se funde,
suas moléculas deslizam umas sobre às outras adquirindo movimento entre si (o polímero irá se fundir quando as moléculas apresentarem esse movimento).
Observe que as moléculas não estavam presas umas às outras, apenas estavam
“enroscadas”. Normalmente, não ocorre nenhum tipo de ligação entre elas.
Fonte: http://www.google.com
- Polímero Termofixo – ao serem aquecidos, não amolecem e, caso o aquecimen- to continue, começam a se decompor. É o caso da borracha dura e da baquelite (tomadas, interruptores e cabos de panela). Eles devem ser moldados na forma desejada no momento em que são sintetizados, pois, depois disso, a moldagem se torna impossível. As moléculas de um polímero termofixo estão ligadas umas às outras, em diversos pontos, formando uma estrutura parecida com uma
Fonte: http://www.google.com
- Elastômero – quando aquecidos, amolecem e permitem que sejam moldados, adquirindo o formato desejado, no entanto o elastômero possui alta “elasticidade”, podemos dizer que a borracha é um elastômero natural. Hoje temos o elastômero sintético polibutadieno – borracha artificial (pneus, mangueiras) e o neopreno (mais resistente ao calor e aos solventes do que a borracha natural, porém, mais caro). Suas moléculas também estão ligadas umas às outras, mas de modo muito menos intenso que nos termofixos, ou seja, essas ligações se apresentam em menor número nos elastômeros.
Fonte: http://www.google.com
- – Tipos de plásticos
Os polímeros termoplásticos são os plásticos mais utilizados hoje em dia, apesar da sua grande variedade existente, apenas seis tipos de polímeros representam uma média de 90% do consumo no país:
- Polietileno de alta densidade (PEAD);
- Polietileno de baixa densidade (PEBD);
- Polipropileno (PP);
- Poliestireno (PS);
- Policloreto de vinila (PVC);
- Polietileno tereftalato (PET).
Veja a seguir as principais propriedades e aplicações de cada um desses plásticos:
- Polietileno de alta densidade (PEAD) – inquebrá- vel, resistente à baixas temperaturas, é leve, imperme- ável, rígido e apresenta resistência química. Suas principais aplicações são embalagens para detergentes e óleos automotivos, sacolas de supermercados, tam- pas, tambores para tintas, potes, utilidades domésticas, tubos e conexões, engradados de bebidas, autopeças;
Fonte: http://www.google.com
Fonte: http://www.google.com
Fonte: http://www.google.com
Fonte: http://www.google.com
- Polietileno de baixa densidade (PEBD) – é flexível, leve, transparente e impermeável. Suas principais aplicações são sacolas de supermercado e lojas, filmes para embalar leite e outros alimentos, sacaria industrial;
- Polietileno tereftalato (PET) – é transparente, inquebrável, impermeável e leve. Suas principais apli- cações são frascos e garrafas para uso alimentício/ hospitalar (principalmente garrafas de refrigerante) cosméticos, bandejas para microondas, filmes para áudio e vídeo, fibras têxteis;
- Polipropileno (PP) – conserva o aroma, é inquebrá- vel, transparente, brilhante, rígido e resistente à mudanças de temperatura. Suas principais aplicações são filme para embalagens e alimentos, embalagens industriais, cordas, tubos para água quente, fios e cabos, frascos, caixas de bebidas, autopeças, fibras para tapetes, utilidades domésticas, potes de margari- na, fralda e seringas descartáveis;
Fonte: http://www.google.com
Fonte: http://www.google.com
Fonte: http://www.google.com
- Poliestireno (PS) – é impermeável, rígido, transpa- rente, leve e brilhante. Suas principais aplicações são potes para iogurtes, sorvetes e doces, frascos, bandejas de supermercados, parte interna da porta de geladeira, pratos, tampas, aparelhos de barbear descartáveis, brinquedos, copos descartáveis;
- Policloreto de vinila (PVC) – é rígido, transparente, impermeável, resistente à temperatura e inquebrável. Suas principais aplicações são embalagens para água mineral, óleos combustíveis, maionese e sucos, perfis para janelas, tubulações de água e esgotos, manguei- ras, embalagens para remédios, brinquedos, bolsas de sangue, material hospitalar, revestimento de fios e cabos elétricos, cortinas de chuveiro, toalhas de mesa, bolsas e roupas de couro artificial, calçados.
- ABS/SAN, EVA e PA – são flexíveis, leves, resis- tentes a abrasão, possibilidade de design diferenciado. Suas principais aplicações são chinelos, pneus, acessórios esportivos e náuticos, autopeças plásticas especiais e de engenharia, CDs, eletrodomésticos, peças de computador,
O gráfico da página seguinte mostra, de forma aproximada, como se distribuem as
aplicações dos plásticos.
Nota-se que aqui não estão incluídos alguns polímeros importantes, como as borrachas.
Fonte: http://www.google.com
ano.
O gráfico a seguir mostra o consumo aparente de plásticos utilizados no Brasil por
http://www.abiquim.org.br/resinastermoplasticas/estatisticas_33.asp
O gráfico a seguir mostra o consumo per capita (por habitante) de plásticos utilizados no Brasil por ano.
http://www.abiquim.org.br/resinastermoplasticas/estatisticas_33.asp
- – Os plásticos e o meio ambiente
Agora você já sabe que o plástico é um material muito utilizado por ser versátil e eficiente. Porém existe prejuízo ao meio ambiente decorrente do avanço dos materiais sintéticos.
Pergunto: quanto tempo você leva para beber a água mineral que comprou no supermercado? Garanto que é coisa de segundos não é mesmo???? Em seguida você joga o copo descartável no lixo. Pois bem, o copo que você descartou pode demorar até cem anos para se deteriorar, isso ocorre porque os plásticos são substâncias inertes, isso é, não reagem com quase nada, dificultando assim sua degradação.
O plástico possui uma péssima biodegradabilidade.
Você sabia que atualmente, o plástico representa em torno de 15% a 20% da compo- sição do lixo urbano. Por essa grande participação dos plásticos, há uma regra chamada de três “R” (reduzir, reutilizar e reciclar), que mostra em ordem de importância o que se
deve fazer com o lixo em geral, neste caso com o plástico. Primeiramente deve-se tentar reduzir a disposição final de plástico. Se isto não for possível, deve-se tentar reutilizar o plástico, mas como muitos produtos plásticos não podem ser reutilizados, estes costumam ser jogados fora. A melhor solução, por fim, é reduzir o lixo que produzimos. O problema com o lixo plástico é que ele se transforma em produtos venenosos. Por exemplo, o vinil, usado para fazer garrafas, peças de carro e canetas, polui o solo se for enterrado, e libera substâncias venenosas no ar, se for queimado. Portanto, deve-se tentar reduzir a quantidade de plástico que se usa, como por exemplo comprando produtos que não venham com muita embalagem e que realmente são necessários. Por último, é necessário dizer a importância da reciclagem do plástico, que pode ser reciclado para fazer pentes de cabelo, lajes para piso e roupas de poliéster.
- – Reciclagem
Você sabe o que é reciclar?
O lixo brasileiro contém de 5% a 10% de plásticos, conforme o local. São materiais que, como o vidro, ocupam um grande espaço no meio ambiente.
Você sabia que a reciclagem do plástico exige cerca de 10% da energia utilizada no processo primário.
Os plásticos são o que se pode chamar de “veneno dos ecologistas”. Apesar de terem uma pequena “fatia” do peso dos lixos municipais, o seu volume é um quinto de todo o lixo. A maioria dos plásticos são sintéticos, compostos por polímeros contendo hidrogênio, carbono e oxigênio (habitualmente é manufaturado a partir de petróleo e seus derivados). Os plásticos típicos não são biodegradáveis, pois se assim fossem não teriam a utilidade que têm que é “resistir” à natureza. Assim, os plásticos não só criam obstáculos
no solo como também produzem enorme quantidade de detritos.
Quando incinerados ou queimados, os plásticos inertes emitem várias substâncias tóxicas, incluindo as cancerígenas como as dioxinas.
A reciclagem de plásticos exige que esses materiais sejam separados de acordo com o tipo de polímero, mas o mais difícil é identificar, apenas olhando, de que polímero determinado plástico é constituído. Isso dificulta a reciclagem do plásticos, porque ela é feita por tipos de polímero.
Assim, para facilitar a reciclagem, os objetos confeccionados a partir de plásticos reutilizáveis são classificados e marcados com códigos específicos de reciclagem, o qual
indica o tipo de material utilizado na sua confecção.
Os plásticos são representados por um triângulo eqüilátero, composto por três setas e o número de identificação ao centro. Em tese todos os materiais plásticos deveriam conter tal simbologia gravada em algum lugar da peça ou embalagem a fim de facilitar o processo de reciclagem, porém não é raro encontrarmos produtos ou embalagens que não possuem tal simbologia.
Conheça agora a simbologia do plástico:
A reciclagem do plástico é muito importante pois a quantidade de plástico que nós utilizamos no nosso dia-a-dia é muito grande, mas por outro lado a matéria-prima da fabricação do plástico é extraída do petróleo, que é uma fonte que está se esgotando, pois o petróleo não é uma fonte renovável.
- – A Reciclagem no Brasil
O Brasil reciclou 174 mil toneladas de garrafas em 2006, equivalente a 47% da produção nacional (dados ABIPET) . Enquanto nos Estados Unidos a reciclagem desse tipo de material está caindo ano após ano, no Brasil acontece o contrário: a reciclagem da resina de PET cresce uma média de 20%, desde 1997.
Grande parte desse trabalho deve-se à conscientização de pessoas e entidades comprometidas com o meio ambiente, como por exemplo o trabalho desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP) através do programa USP Recicla. Graças a esse trabalho, anualmente são reaproveitados 230 toneladas de papel em todos os núcleos da USP no Estado. Além disso, em 5 núcleos do interior e 7 unidades de São Paulo foi tomada uma medida simples, mas muito eficiente e ambientalmente correta: os copos descartáveis
foram substituídos por duráveis. Com relação à reciclagem, na ocasião da pesquisa realizada pela Plastivida/IBGE, em 2005, o mercado englobava em torno de 512 empresas recicladoras e totalizava produção de 767,5 mil toneladas anuais com capacidade instalada da ordem de 1,28 milhões de toneladas/ano. Responsável por manter 17.546 empregos diretos, a reciclagem brasileira de plásticos faturou R$ 1,6 bilhões em 2005. A região que mais faturou foi a Sudeste, com 59%, seguida pelo sul, com 28% e pela região Nordeste, com 13% .
(Dados extraídos do site http://www.plastivida.org.br/reciclagem/pes_mercado05.htm)
- – Como você pode ajudar
Você pode contribuir muito para facilitar a reciclagem do plástico, participando da coleta seletiva, você sabe o que é?
Para participar temos que seguir algumas regras tais como:
- Enxaguar as embalagens caso seja necessário;
- Retirar os rótulos;
- Separar as embalagens plásticas de acordo com o seu tipo;
- Amassar para ocupar menos espaço;
- Levar até um posto de coleta seletiva ou entregar ao
Veja na página a seguir algumas fotos do Rio Sorocaba (ao lado da nossa escola), onde suas margens estão virando depósito de lixo.
Fotos cedidas pelo Prof. Marcelo Alves Moraes – Biologia
Como podemos perceber a reciclagem é muito importante, porém para que seja viável será preciso muita conscientização e cooperação dos cidadãos.
Plástico de açúcar (Produto brasileiro é aperfeiçoado e ganha espaço no mercado internacional)
Açúcar e álcool deixaram de ser os únicos produtos de importância comercial extraídos da cana. Agora, incorpora-se a essa dupla a produção de plástico biodegradável a partir do açúcar. Desde dezembro de 2000, a PHB Industrial, pertencente ao grupo Irmãos Biagi, de Serrana (SP), e o grupo Balbo, de Sertãozinho (SP), tem capacidade de produzir em uma planta piloto entre 4 e 5 toneladas mensais do biopolímero a partir da sacarose presente no açúcar. Toda a produção obtida na planta industrial da empresa, que fica ao lado da Usina da Pedra, em Serrana, é exportada para países como Estados Unidos, Alemanha e Japão.
[…]
O desenvolvimento tecnológico desse polímero, passível de rápida decomposição por microrganismos quando descartado em aterros sanitários, lixões ou exposto a ambientes com bactérias ativas, é resultado de uma parceria bem-sucedida entre o Instituto de Pesquisas Tecnoló- gicas (IPT), a Cooperativa dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Copersucar) e o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP). Os primeiros estudos sobre o tema foram realizados no começo dos anos 90 e, dez anos depois, o país é reconhecido como um dos mais avançados centros mundiais em pesquisa e desenvolvimento de bioplásticos.
A tecnologia proporcionou à área um outro avanço. Foi o desenvolvimento de um processo que facilita a obtenção desse polímero a partir do bagaço de cana hidrolisado, um resíduo da indústria de álcool e de açúcar. O projeto, também financiado pela FAPESP, foi coordenado pela pesquisadora Luiziana Ferreira da Silva, bioquímica do Agrupamento de Biotecnologia do IPT, que fez parte da equipe que criou o bioplásticos. A hidrólise (quebra estrutural do produto) libera açúcares presentes no bagaço que podem ser consumidos pelas bactérias utilizadas no processo de transformação do açúcar nesse tipo de poliéster natural.
[…]
As características físicas e mecânicas do plástico biodegradável são semelhantes às de alguns polímeros sintéticos, que utilizam o petróleo como matéria-prima, mas oferecem o benefício de se decompor muito mais rapidamente depois de descartados do que os plásticos convencionais. “Esse é o grande diferencial do produto”, afirma Luiziana. Enquanto as embalagens de Poli (Tereftalato de Etileno), chamadas de PET que são usadas principalmente para refrigerantes, levam mais de 200 anos para se degradar, e os plásticos tradicionais, mais de cem anos, as resinas plásticas biodegradáveis se decompõem em torno de 12 meses, dependendo do meio em que se encontram. Em fossas sépticas, a perda de massa chega a 90% em seis meses, enquanto em aterros sanitários a degradação atinge 50% em 280 dias. Quando se decompõem, elas se transformam em gás carbônico e água, sem liberação de resíduos tóxicos.
Fonte: http://www.revistapesquisa.fapesp.br/index.php?art=1967&bd=1&pg=1&lg= Vasconcelos, Yuri. Pesquisa Fapesp. Edição 80, outubro 2002
Capítulo 4
Química Orgânica: Petróleo.
- – Introdução
Existem hoje mais de 700 milhões de veículos no mundo que necessitam de combus- tível para fazer com que seus motores sejam acionados, ou seja, ligados. A maior parte desses motores necessita da gasolina para funcionar, podemos citar também o óleo diesel.
Esses combustíveis são formados por moléculas chamadas hidrocarbonetos, substância formada por átomos de carbono (C) e hidrogênio (H), sua principal fonte é o petróleo.
- – Petróleo
O petróleo é conhecido desde a antiguidade, o qual era utilizado para fins diversos.
Hoje, o petróleo é um dos recursos naturais mais utilizados no mundo, podemos notar isso através de uma grande variedade de materiais que utilizamos do petróleo como matéria-prima.
O petróleo é uma fonte natural de substâncias orgânicas, composto por átomos de
carbono (C) e hidrogênio (H).
Não se sabe ao certo a origem do petróleo, uma das probabilidades mais aceitas, é de que tudo começou a 300 milhões de anos, quando restos de animais e vegetais da orla marítima se depositaram no fundo do mar e foram soterrados (cobertos) por sedimentos, tais como pó de calcário e areia e se transformaram em rochas
sedimentares.
Abaixo da superfície, sob a ação de microorganismos, da pressão, do calor e do tempo, os restos de animais e vegetais sofreram, ao longo de mais de 10 milhões de anos várias transformações químicas, dando origem ao petróleo, um líquido escuro e oleoso.
Como a natureza contou com condições especiais e levou milhões de anos para produzi-lo, a humanidade não possui condições de produzir novas reservas de petróleo, por isso temos que considerar o petróleo como um recurso não-renovável.
A palavra petróleo é originária do latim petra e oleom que significa óleo de pedra, porque o petróleo é encontrado entre os poros existentes em determinadas rochas sedimenta- res no subsolo, quer em terra, quer sob o mar.
Normalmente podemos encontrar água salgada (do antigo mar ali existente) e uma mistura gasosa (que contém principalmente gás metano – CH4) em uma jazida petrolífera.
A prospecção (trabalho de localização) do petróleo é feita por meio de estudos do relevo da região. Através de
cargas explosivas é feita a detonação do subsolo, para a medição das ondas de choque que se propagam pelas camadas do subsolo, com isso podemos detectar a composição do subsolo e a existência de jazidas petrolíferas, por fotografias aéreas ou por satélites.
Quando uma jazida petrolífera é perfurada, a pressão dos gases faz com que o petróleo jorre para fora, ao diminuir a pressão pára de jorrar e tem que ser bombeado, obtendo-se assim o petróleo bruto.
O petróleo é formado por compostos de carbono (C) e hidrogênio (H), chamado
hidrocarbonetos.
|
Os hidrocarbonetos constituem uma classe de compostos orgânicos muito grande, variada e importante, pois englobam o petróleo e seus derivados, o gás natural, gasolina e outros.
Além de hidrocarbonetos, o petróleo apresenta em pequenas quantidades, substâncias contendo nitrogênio (N), oxigênio (O) e enxofre (S). Este último é a pior impureza existente no petróleo e um dos maiores responsáveis pela formação da chuva ácida.
O enxofre deve ser retirado dos combustíveis, pois causa mau cheiro aos produtos da queima, alterando o bom funcionamento do motor e faz com que o combustível fique corrosivo.
A maioria dos combustíveis de uso diário é formado por hidrocarbonetos derivados do petróleo: gás de cozinha (GLP), querosene, gasolina, óleo diesel e outros.
- – O fracionamento do petróleo
O petróleo é uma rica fonte de combustíveis e de matérias-primas, em ambos os casos o petróleo bruto deve passar por um processo de separação, essa separação é feita através de destilação fracionada, que se baseia nas diferentes faixas de ebulição de cada fração do petróleo.
As frações do petróleo mais conhecidas são a gasolina, óleo diesel, gás de cozinha e querosene.
Para que possamos obter as frações do petróleo, temos que submeter o mesmo a um processo de separação chamado destilação fracionada. Essa destilação é feita utilizando uma coluna de destilação fracionada ou torre de destilação fracionada, na forma de um tubo em aço inox com várias bandejas “obstáculos”.
O petróleo é transportado para uma fornalha, onde é aquecido sendo parcialmente evaporado e transferido à coluna de fracionamento. A temperatura da coluna varia com a altura, sendo que no topo ela é mais baixa. À medida que os vapores sobem na coluna, a temperatura diminui, permitindo que as frações voltem ao estado líquido e sejam retiradas. As moléculas menores (hidrocarbonetos com baixo ponto de ebulição) conseguem contornar as bandejas (obstáculos) e chegar ao topo da coluna. As moléculas maiores (hidrocarbonetos com alto ponto de ebulição) não conseguem chegar ao topo, ficando assim acumulados nas diversas bandejas da coluna.
O resíduo líquido que fica no fundo da coluna é transferido à outra coluna, com uma pressão inferior à atmosférica, fazendo com que as frações mais pesadas entrem em ebulição a temperaturas mais baixas, evitando assim, a quebra de suas moléculas. Dessa maneira obtemos novas frações do resíduo líquido: óleos lubrificantes, parafinas, gases, óleo combustível e betume.
Observe no esquema abaixo algumas frações retiradas do petróleo.
Fonte: http://www.google.com
Concluída essa etapa, ainda fica algum resíduo, que pode ser submetido a uma pirólise ou craqueamento (cracking), esse processo consiste em dividir grandes moléculas (cadeias) de hidrocarbonetos (das frações querosene, óleo diesel e óleos lubrificantes) em pedaços menores, através do aquecimento a uma temperatura entre 450 e 700 ºC.
O craqueamento possibilita um aproveitamento quase que total do petróleo, obtendo assim uma importante economia e permitindo a obtenção de maiores quantidades de gás de cozinha (gás liquefeito de petróleo – GLP), de gasolina e de outros derivados que serão transformados em produtos indispensáveis ao nosso dia-a-dia.
Fonte: http://www.google.com
4- Produtos derivados do petróleo bruto
O petróleo bruto contém centenas de diferentes tipos de hidrocarbonetos misturados e, para separá-los, é necessário refinar o petróleo.
As cadeias de hidrocarbonetos de diferentes tamanhos têm pontos de ebulição que vão aumentando progressivamente, o que possibilita separá-las através do processo
de destilação. É isso o que acontece em uma refinaria de petróleo. Na etapa inicial do refino, o petróleo bruto é aquecido e as diferentes cadeias são separadas de acordo com suas temperaturas de evaporação. Cada comprimento de cadeia diferente tem uma propriedade diferente que a torna útil de uma maneira específica.
Para entender a diversidade contida no petróleo bruto e o motivo pelo qual o refino de petróleo bruto é tão importante, veja uma lista de produtos que obtemos a partir do petróleo bruto:
- Gás de petróleo: usado para aquecer, cozinhar, fabricar plásticos.
- alcanos com cadeias curtas (de 1 a 4 átomos de carbono);
- normalmente conhecidos pelos nomes de metano, etano, propano, butano;
- faixa de ebulição: menos de 40°C;
- são liquefeitos sob pressão para criar o GLP (gás liquefeito de petróleo).
- Nafta: intermediário que irá passar por mais processamento para produzir
- mistura de alcanos de 5 a 9 átomos de carbono ;
- faixa de ebulição: de 60 a 100°C .
- Gasolina: combustível de
- líquido;
- alcanos e cicloalcanos (de 5 a 12 átomos de carbono);
- faixa de ebulição: de 40 a 205°C .
- Querosene: combustível para motores de jatos e tratores, além de ser material inicial para a fabricação de outros
- líquido;
- alcanos (de 10 a 18 carbonos) e aromáticos;
- faixa de ebulição: de 175 a 325°C.
- Gasóleo ou diesel destilado: usado para diesel e óleo combustível, além de ser um intermediário para fabricação de outros
- líquido ;
- alcanos contêm 12 ou mais átomos de carbono;
- faixa de ebulição: de 250 a 350°C .
- Óleo lubrificante: usado para óleo de motor, graxa e outros
- líquido;
- cadeia longa (de 20 a 50 átomos de carbono) de alcanos, cicloalcanos e aromático;
- faixa de ebulição: de 300 a 370°C.
- Petróleo pesado ou óleo combustível: usado como combustível industrial, também serve como intermediário na fabricação de outros
- líquido;
- cadeia longa (de 20 a 70 átomos de carbono) de alcanos, cicloalcanos e aromáti- co;
- faixa de ebulição: de 370 a 600°C .
- Resíduos: coque (carvão), asfalto, alcatrão, ceras, além de ser material inicial para fabricação de outros
- sólido;
- compostos com vários anéis e mais de 70 átomos de carbono;
- faixa de ebulição: mais de 600°C .
Você pode ter notado que todos esses produtos têm tamanhos e faixas de ebulição diferentes. Os químicos tiram vantagem dessas propriedades ao refinar o petróleo. Veja as figuras das páginas 38 e 39 para descobrir os detalhes deste processo.
- – Gás Natural
É uma mistura gasosa em que predomina o metano, é utilizado como combustível e matéria-prima da indústria petroquímica. Sua ocorrência pode ou não estar associada à do petróleo. A porcentagem de metano no gás natural depende de sua procedência, mas é sempre maior que 75%, podendo ultrapassar os 95%. No final do século XX, passou a ser utilizado no Brasil como gás combustível de veículos automotivos.
- – Problemas Ambientais
O ser humano é parte da natureza e dela depende para sobreviver. Para satisfazer suas necessidades, modifica o meio ambiente que o cerca, criando situações a seu favor, é o caso do uso dos derivados de petróleo.
Usando os derivados de petróleo provocamos vários problemas ambientais como a chuva ácida, o efeito estufa e outros.
6.1 – Chuva ácida
Há milhões de anos existe água em nosso planeta, e hoje essa quantidade é a mesma. Isso se deve porque a água está em um ciclo contínuo: evapora da superfície dos lagos, dos
rios, dos oceanos, do solo, das plantas e dos animais, condensa-se formando nuvens e se precipita como chuva.
A chuva forma-se quando moléculas de água, na fase gasosa, condensam-se, constituindo pequeninas gotas que, sob a ação da gravidade, caem sobre a Terra.
Assim que a água da chuva atravessa a atmosfera, ela pode carregar materiais químicos ou outros poluentes aí existentes. Como a água é um solvente universal, a chuva dissolve o dióxido de carbono naturalmente presente no ar, formando o ácido carbônico.
Observe abaixo como ocorre a reação (transformação) química.
A chuva, em condições naturais, é sempre um pouco ácida, entretanto essa acidez natural não faz mal ao meio ambiente, pois as águas dos rios, dos lagos são muitas vezes, um pouco básico (alcalinos), com isso ocorre a neutralização da acidez das chuvas normais.
Mas nem sempre a acidez da chuva é normal, por esse motivo a natureza não consegue neutralizar essa acidez e o ambiente torna-se impróprio para a vida, com isso, ocorre a mortandade dos peixes, podendo até chegar ao desaparecimento dos mesmos, pois não conseguem se reproduzir.
A chuva quando é muito ácida, além de prejudicar a vida em lagos e rios, afeta a vegetação e a fauna terrestre.
O enxofre (S2) e o nitrogênio (N2) são os principais componentes das chuvas ácidas. Isso se deve à queima de combustíveis fósseis (derivado do petróleo), forma-se o dióxido de enxofre (SO2), que em contato com o ar atmosférico, reage com o gás oxigênio (O2), transformando-se em trióxido de enxofre (SO3) . Este reage com a água (H2O) da chuva transformando-se em ácido sulfúrico (H2SO4).
Observe abaixo como ocorre a reação (transformação) química.
O calor da combustão também faz com que o gás nitrogênio (N2) do ar entre em reação com o gás oxigênio (O2), resultando óxido de nitrogênio (NO3). A água das chuvas, por sua vez, entra em reação com esses óxidos de nitrogênio (NO3) para formar o ácido nítrico (HNO3).
Observe abaixo como ocorre a reação (transformação) química.
- – Reservas petrolíferas
Vistos alguns problemas ambientais, não podemos nos esquecer que as reservas mundiais de petróleo são limitadas e não renováveis .
Segundo as pesquisas feitas pelo Instituto Federal de Geociência e Recursos da Alemanha, diz que nossas reservas de petróleo hoje existentes seriam suficientes para aproximadamente 30 anos .
Com isso temos que buscar novas alternativas de energia, tanto para resolver os problemas ambientais, como para substituir o petróleo, antes que ele acabe.
Capítulo 5
Química Orgânica: Funções Orgânicas – Hidrocarbonetos e Oxigenadas (Alcoóis).
- – Funções Orgânicas
Vamos diferenciar drogas de medicamentos!
A resposta não é tão simples como alguns poderiam supor.
Primeiro, a palavra usada atualmente pela ciência para designar os medicamentos é fármaco, definido como qualquer substância farmacologicamente usada em benefício à saúde.
Algumas substâncias consideradas drogas são ou já foram usadas como medicamen- tos. Um exemplo clássico é a morfina, usada como medicamento para pacientes terminais de câncer, por ser um potente analgésico capaz de aliviar as dores.
Considerar uma substância legal ou ilegal exige uma discussão bastante ampla, pois sua legalidade não está relacionada apenas às suas propriedades químicas ou os seus efeitos, mas sim no que pode provocar no usuário ou ainda aos riscos que seu consumo possa representar para a saúde. Na realidade esses critérios são mais culturais do que científicos e não são muito úteis para o estudo químico das drogas.
A farmacologia, ramo da ciência que estuda medicamentos e drogas, assim como seus efeitos sobre o organismo define:
Há várias maneiras de classificar as drogas, uma delas é conhecendo os grupos químicos presentes na estrutura molecular das substâncias.
Para entender um pouco mais sobre as informações químicas vamos nos deter na representação das moléculas orgânicas e aprender um pouco mais sobre os grupos que ligados às cadeias carbônicas, definem o que chamamos de funções orgânicas.
- – Função dos Hidrocarbonetos
Veja o exemplo na página seguinte.
Molécula do gás metano
H
|
CH4 ou H C H
|
H
A maioria dos combustíveis de uso diário consiste em misturas de hidrocarbone- tos derivados do petróleo, como gás de cozinha, gasolina, querosene e óleo diesel. A queima desses combustíveis representa, no momento, uma das maiores fontes de energia para a humanidade. Trata-se de uma fonte não-renovável de energia.
Além dos hidrocarbonetos, o petróleo contém, em pequenas quantidades, substâncias contendo nitrogênio, oxigênio e enxofre. Assim, o enxofre é a pior impureza existente no petróleo, estando presente na forma de substâncias simples enxofre (S8), de gás sulfídrico (H2S) e também na composição de substâncias orgânicas. O enxofre deve ser retirado dos combustíveis, pois é responsável pelo mau cheiro dos produtos da queima, atrapalhando o funcionamento do motor e também faz com que o combustível torne-se mais corrosivo. Não se esquecendo que é um dos vilões da chuva ácida.
Vamos analisar algumas reações envolvendo os hidrocarbonetos na combustão. Mas o que é uma combustão e para que serve?
Preste atenção nessa experiência muito simples, ilustrada a seguir.
Perceba que a experiência sobre a combustão, não depende apenas da presença do combustível (material da vela – parafina), mas também do oxigênio (O2), chamado de comburente. Na reação da combustão é liberada uma grande quantidade de energia, na forma de luz e calor, que possui várias aplicações – iluminação, funcionamento de motores, aquecimento de água em caldeiras, produção de energia elétrica (termoelétricas), etc.
Agora vamos observar as diferentes formas de combustão usando o gás metano (CH4), como combustível.
COMBUSTÃO COMPLETA | |||||||
REAGENTE | PRODUTO | ||||||
CH4(g) | + | 2O2(g) | CO2(g) | + | 2H2O(g) | ||
GÁS METANO | GÁS OXIGÊNIO | DIÓXIDO DE CARBONO | ÁGUA | ||||
COMBUSTÃO
CARBONO |
INCOMPLETA, COM | FORMAÇÃO | DE | MONÓXIDO DE | |||||
REAGENTE | PRODUTO | ||||||||
CH4(g) | + | 3/2 O2(g) | CO(g) | + | 2 H2O(g) | ||||
GÁS METANO | GÁS OXIGÊNIO | MONÓXIDO DE CARBONO | ÁGUA | ||||||
COMBUSTÃO
(FULIGEM) |
INCOMPLETA, | COM | FORMAÇÃO | DE | CARBONO | |||||
REAGENTE | PRODUTO | |||||||||
CH4(g) | + | O2(g) | C(s) | + | 2 H2O(g) | |||||
GÁS METANO | GÁS OXIGÊNIO | CARBONO | ÁGUA | |||||||
Comparando esses resultados nas reações químicas da combustão, note que, além da diferença no produto contendo carbono (CO2, CO e C), existe também uma diferença na quantidade do oxigênio (O) necessário. O maior consumo de gás oxigênio (O2) se dá na combustão completa e o menor, na incompleta, formando carbono.
Todos os hidrocarbonetos são combustíveis, formando monóxido de carbono (CO) dióxido de carbono (CO2) ou carbono (C) e água (H2O),conforme o tipo de combustão sofrida.
Dentro dos motores de automóveis além da combustão completa, também ocorre a incompleta com formação de monóxido de carbono (CO). Esse composto é um gás incolor, inodoro e extremamente tóxico. Quando inalamos, suas moléculas (CO) se unem a hemoglobina, pigmento responsável pelo transporte de oxigênio do sangue, impedindo-a de executar esse transporte. Isso pode causar desde uma ligeira perturbação do sistema nervoso até estado de coma e morte, dependendo da quantidade inalada do monóxido de carbono.
Motores desregulados favorecem também a formação do carbono (C), que sai do escapamento na forma de minúsculas partículas negras, chamadas fuligem, pó de carvão ou negro-de-fumo e na atmosfera pode provocar problemas respiratórios.
Você que tem veículo, não interessa o ano de fabricação! Com toda essa informação é importante manter o motor regulado para que a combustão produza menos resíduo possível. O meio ambiente agradece e nossa saúde também, pense nisso!
- – Funções Oxigenadas
Aqui vamos enfocar só o grupo da função alcoóis.
H3C – OH álcool metílico ou metanol
H3C – CH2 – OH álcool etílico ou etanol
O metanol ou álcool metílico é um líquido incolor e cheira semelhante ao álcool comum (álcool etílico). É empregado como solvente de tintas e vernizes, como matéria-prima na obtenção do formol e como combustível. Seu emprego em bebida é proibido, pois é altamente tóxico se inalado ou ingerido, pode provocar cegueira e até mesmo a morte. Caso seja ingerido a pequena quantidade de 30 mL desse álcool leva à morte, e quantidades menores, 10 mL ou 15 mL, causam cegueira.
Grandes quantidades de metanol são produzidas industrialmente todos os anos. As indústrias detêm a tecnologia para manusear todo esse metanol de forma segura.
O metanol é um combustível relativamente “limpo”. Sua combustão completa tem alto rendimento, produzindo (dióxido de carbono) CO2 e água (H2O), ele destaca-se dos combustíveis hidrocarbonetos.
Análise da queima do metanol em veículos comprovou que emitem menos resto de combustível não-queimados (cerca de 90% menos). As emissões de dióxido de carbono (CO2) e dióxido de nitrogênio (NO2) também são menores (cerca de 90% menores). A eficiência na queima e a diminuição de poluentes tem estimulado alguns governos a investir em projetos para mover automóveis usando etanol. Porém, também apresenta desvantagens, como sob a luz diurna, a chama do metanol é praticamente invisível podendo causar sérios acidentes. Além disso, é mais corrosivo que a gasolina, proporcio- nando menor vida útil do motor, do tanque de combustível e das demais partes metálicas em contato com o metanol.
O etanol ou álcool etílico está presente nas bebidas alcoólicas, como vinho, cerveja, aguardente e uísque. Mas nenhuma bebida é igual à outra. A forma como é produzida e o teor alcoólico é o que diferencia seu aroma e sabor. É comum encontrarmos nos rótulos de bebidas o teor alcoólico, expressa em 0 GL (que se lê,”graus de Gay-Lussac”). Essa escala diz qual a porcentagem (em volume) de etanol na bebida.
Confira os valores de teor alcoólico de algumas bebidas na tabela a seguir.
% de teor alcoólico
Bebidas | (0GL) | % de água |
Cerveja | 4 | 96 |
Vinho | 11 | 89 |
Aguardente | 40 | 60 |
Uísque | 43 | 57 |
Logo que o etanol é ingerido, rapidamente começa sua absorção pelo organismo e, se
o estômago estiver vazio, ela ocorrerá cerca de seis vezes mais rápido do que se estiver cheio.
Outro fator que contribui para absorção do álcool pelo organismo é devido a sua total solubilidade na água.
Pequenas doses levam à sensação de euforia. Doses maiores, contudo, afetam o sistema nervoso e diminuem as funções cerebrais, fazendo com que a pessoa sinta dificuldade nos reflexos e na capacidade de tomar decisões. Doses maiores podem levar ao coma alcoólico e, conseqüentemente, à morte.
Para saber a concentração de etanol basta usar o aparelho bafômetro que através do hálito da pessoa pode avaliar o estado de embriaguez.
Vamos observar os dados da tabela a seguir:
% de álcool no sangue Efeito no ser humano
0,05 Sensação de euforia
0,1 Perda da coordenação motora 0,2 Desequilíbrio emocional
0,3 Inconsciência
0,4 a 0,5 Estado de coma
0,6 a 0,7 Morte
- Alotropia – fenômeno pelo qual um mesmo tipo de elemento químico pode ocorrer sob formas diferentes, denominadas variedades alotrópicas ou, simplesmente, estados alotrópicos, que diferem entre si na estrutura cristalina e na atomicidade. Os casos mais comuns são os do carbono – sob a forma de carvão, diamante e grafite, como também o oxigênio (gás oxigênio e o ozônio) e o fósforo branco e o fósforo
- Amido – polímero natural. É um polissacarídeo de reserva vegetal abundante em sementes, como cereais e raízes tuberosas, como a mandioca, produzido pela condensação de n moléculas de glicose.
- Análise – ver reação de análise ou decomposição.
- Ânion – é um íon negativo, formado quando o átomo, ou grupos de átomos ganha um ou mais elétrons.
- Atomicidade – denomina-se atomicidade o número de átomos de cada unidade elementar, ou molécula, de uma substância.
- Átomo – é a menor partícula que representa um elemento químico.
- Balanceamento de equação química – acertar os coeficientes dos reagentes e dos produtos. Baseia-se no princípio de que o número total de átomos dos reagentes é igual ao número total de átomos dos
- Camada de valência – camada ou órbita onde se movem os elétrons de nível energético mais alto. Camada eletrônica mais externa do átomo.
- Cátion – é um íon positivo, formado quando o átomo ou o grupo de átomos perdem um ou mais elétrons.
- Chuva ácida – o termo refere-se às águas da chuva, assim como a geada, neve e neblina, carregadas de ácido sulfúrico ou ácido nítrico. A queima de carvão e de combustíveis fósseis e os poluentes industriais lançam dióxido de enxofre e de nitrogênio na atmosfera, que se combinam com o hidrogênio presente na atmosfe- ra.
- CNTP – Condições normais de temperatura e pressão, onde T = 273K e P = 1 atm ou
- Combustíveis fósseis – combustíveis que demoram milhões de anos para se formar, ou seja, combustíveis que são extraídos por meio de extrativismo mineral. Exemplos: petróleo e carvão
- Compostos iônicos – formam-se pela atração eletrostática entre seus íons constitu- São frágeis, cristalinos, conduzem a corrente elétrica quando fundidos ou em solução aquosa.
- Compostos moleculares – formam-se pelo compartilhamento de elétrons entre seus átomos. Encontram-se nas condições normais de temperatura e pressão em forma de gases, líquidos e sólidos. São insolúveis em água, solúveis em benzeno e outros solventes apolares. Mesmo no estado se solução não conduzem corrente elétrica. Suas moléculas resistem a temperaturas elevadas sem sofrerem decompo- sição.
- Concentração de uma solução – massa do solvente dissolvida em determinado volume do soluto.
- Configuração eletrônica – é a quantidade de elétrons na camada de valência.
- Corpo – uma porção limitada da matéria.
- Densidade – relação entre uma determinada massa e o volume ocupado por ela (expressa matematicamente, d = m/V).
- Destilação – processo físico de separação de um líquido de uma substância não volátil, por exemplo um sólido ou outro líquido, baseado na diferença de seus pontos de ebulição.
- Efeito estufa – é um aumento de temperatura da atmosfera em conseqüência do aumento da quantidade de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, o que leva maior quantidade de radiações infravermelhas absorvida, reduzindo o escape do calor para o espaço.
- Elemento químico – é o conjunto de átomos quimicamente
- Eletrólise – reação de decomposição de uma substância em outras pela passagem decorrente elétrica; processo de decomposição de uma substância composta através da passagem da corrente elétrica.
- Elétron – partícula subatômica de carga elétrica negativa, representada por e.
- Eletrosfera – região menos densa do átomo e praticamente vazia, que envolve o núcleo, onde os elétrons se movimentam rapidamente em orbitais formando nuvens eletrônicas.
- Emulsão – é um sistema heterogêneo constituído de uma mistura de dois líquidos não miscíveis, como, por exemplo, o óleo e a água.
- Enzimas – são proteínas complexas, que atuam como catalisadores biológicos presentes nas células. As enzimas também atuam in vitro, em condições adequadas de pH, temperatura e concentração e dos
- Equação química – representação gráfica da reação química por meio de fórmu- las dos reagentes e
- Fissão nuclear – é o nome que se dá ao processo pelo qual, bombardeando-se um núcleo grande com uma partícula acelerada, ocorre divisão desse núcleo em outros menores, estáveis, com liberação de uma quantidade muito grande de energia, chamada energia
- Fusão nuclear – consiste na junção de núcleos pequenos, originando núcleos maiores e mais estáveis, acompanhada de emissão de uma quantidade muito grande de
- Hidrólise – reação de decomposição de uma substância em duas outras pela incorporação de uma molécula de água.
- Indicadores – é uma substância que reage com o meio ácido ou básico, indicando uma coloração específica para a substância em análise.
- Íon – é um átomo ou grupo de átomos eletrizados ou ionizados, isto é, que apresen- tam um desequilíbrio de cargas elétricas.
- Macromoléculas – são moléculas constituídas por milhares de átomos, resultantes da condensação de unidades menores que se repetem. Podemos citar as proteínas, formadas a partir de aminoácidos, os polissacarídeos, polímeros da glicose,
- Matéria – tudo que existe, tem massa e volume, isto é, ocupa lugar no espaço e pode ser medido.
- Mineral – qualquer substância simples ou composta, formada por processos inorgânicos, com composição química definida, estrutura cristalina e ocorrência natural.
- Minério – o mineral do qual se extraem substâncias de forma economicamente viável.
- Mistura – é um material constituído por duas ou mais substâncias puras, apresen- tando propriedades físicas e químicas variáveis. Como exemplo, pode-se citar o ar atmosférico, uma mistura de nitrogênio, oxigênio, vapor d’água, gases raros, ozônio, dióxido de carbono, poeira, óxidos de nitrogênios e
- Mistura heterogênea – apresenta vários aspectos (polifásica – várias fases num mesmo sistema), sendo possível distinguir os seus componentes, às vezes apenas com o uso do microscópio.
- Mistura homogênea ou solução – é uma mistura que apresenta sempre as mesmas características em toda sua extensão; apresenta um único aspecto (monofásico – única fase), não sendo possível distinguir os seus componentes nem por meio do mais potente microscópio.
- Molécula – agregado de dois ou mais átomos ligados entre si, que constituem a unidade da substância. Exemplo: H2O, molécula de água.
- Nêutron – partícula subatômica encontrada no núcleo representado pela letra n, sua massa é igual a 1,0u, e carga elétrica
- Núcleo – região mais densa do átomo, onde se agrupam prótons e nêutrons.
- Número atômico (Z) – número de prótons existentes no núcleo do átomo.
- Número de massa (A) – corresponde à soma entre o número de prótons (Z) e o número de nêutrons (n). O número de massa é representado por A = Z +
- Números quânticos – são números que indicam a posição energética do elétron em relação ao núcleo.
- Propriedade periódica – aquela cujos valores para diversos elementos crescem e decrescem sucessivamente, em função do número atômico crescente, de tal manei- ra que, na seqüência dos elementos em ordem crescente de seus números atômicos, repetem-se valores baixos, médios e elevados para a referida
- Próton – partícula subatômica integrante do núcleo, de massa igual a 1,0u e carga elétrica positiva, representado por p.
- Química – ramo da Ciência que estuda os materiais, sua composição e as transfor- mações que se processam com esses
- Radiação – forma de emissão não particulada, constituída de ondas eletromagnéti- cas provenientes de núcleos radioativos, com comprimento de onda, com efeito fotoelétrico, altíssimo poder de penetração, chegando a atravessar placas de chum- bo de 60mm de
- Radioatividade – é a emissão espontânea, invisível, de energia ou de partículas por núcleos de certos átomos instáveis denominados radioisótopos, independente de fatores externos, como pressão e temperatura. Alguns elementos químicos, como o urânio, são naturalmente
- Reação endotérmica – aquela que, para ocorrer, retira calor do meio
- Reação exotérmica – aquela que libera calor para o
- Reação química – processo no qual ocorre transformação de substâncias em outras substâncias, com propriedades completamente diferentes, acompanhado de transformação de energia. As substâncias originais são denominadas reagentes, e as que são originadas na reação de
- Substância puras – são substâncias que possuem pontos de fusão e ebulição constante.
- Substância composta – quando submetida a um agente físico, sua molécula se decompõe em dois ou mais tipos de átomos.
- Substância simples – que apresenta o conjunto de unidades elementares (moléculas) quimicamente iguais, isto é, mesmo elemento químico, ou que subme- tida a agentes físicos, não se decompõe.
- Tabela periódica – a tabela de classificação periódica organiza os elementos na ordem crescente do seu número de prótons, em grupos ou famílias, que são linhas verticais, de acordo com suas semelhanças químicas, que são linhas verticais, de acordo com suas semelhanças químicas, e em períodos horizontais, de acordo com
o número de camadas ou níveis de energia de seus elétrons. O número do grupo ou família refere-se ao número de elétrons na camada de valência dos átomos dos elementos a ele pertencentes. As linhas horizontais ou períodos abrangem os elementos cujos átomos têm o mesmo número de órbitas eletrônicas, dado pelo número de cada período.
- Teoria do octeto – determinação segundo a qual todos os átomos buscam adquirir uma configuração eletrônica estável ou a configuração dos gases nobres, 8 elétrons na última camada, seja através de compartilhamento de elétrons entre átomos ou da sua transferência de um átomo para
- Valência – é a camada mais externa da distribuição eletrônica de qualquer átomo, ou seja, onde os átomos compartilham ou doam e recebem elétrons para adquiri- rem estabilidade química.
Livros:
AMARAL, Luciano. A Química – 50 palavras. Editora Loyola, São Paulo, 1995. CHIACHIA, Maria Aparecida e CHIARADIA, Adelheide. Minimanual de Pesquisa –
Química. 2a.Edição, Claranto Editora, Uberaba – 2004 .
FELTRE, Ricardo. Fundamentos da Química. 3a. Edição, Editora Modera, São Paulo, 2003.
MARCONDES, Ayrton César e SARIEGO, José Carlos. Ciências – Química e Física. 2a.Edição, Editora Scipione, São Paulo, 2001.
NOBREGA, Oliveira Salgado, SILVA, Eduardo Roberto e SILVA, Ruth Hashimoto.
Química, 1a. Edição, Editora Ática, São Paulo,2007.
NOVAIS,Vera Lúcia Duarte de. Estrutura da Matéria, 2a. Edição, Editora Atual, São Paulo,1981.
PERRUZZO, Francisco Miragaia, CANTO, Eduardo Leite. Química na abordagem do Cotidiano. Volume 1, 2 e 3, 3a. Edição, Editora Moderna, São Paulo, 2003.
PERRUZZO, Tito Miragaia e CANTO, Eduardo Leite. Química na abordagem do Cotidiano.1a. Edição, Editora Moderna, São Paulo, 1999.
SANTOS FILHO, P.F. Estrutura Atômica & Ligação Química. 1a. Edição, Campinas, publicação do autor, 1999.
SARDELLA, Antônio. Química, 5a. Edição, Editora Ática, São Paulo,2000.
VANIN, José Atílio. Alquimistas e Químicos: O passado, o presente e o futuro, 16a.
Edição, Editora Moderna, São Paulo , 2001.
Sites:
http://www.google.com http://www.institutodopvc.org http://www.klickeducacao.com.br http://www.plastivida.org.br