A ESCRAVIDÃO PELAS DÍVIDAS
O direito à liberdade é algo que devemos conservar com todas as forças e com total atenção. Mas que liberdade tem uma pessoa com diversas dívidas, prestações, financiamentos, empréstimos, para honrar?
Será mesmo que uma individuo que tem uma renda elevada, mas a desperdiça completamente com contas e mais contas, é alguém próspero e saudável financeiramente?
E se você parasse de trabalhar hoje, por quanto tempo você resistiria financeiramente, com base em suas reservas, até encontrar uma outra fonte de renda?
Eu recomendo que você pare um pouco e analise essa questão de uma forma bem ampla e adulta. O mundo atual está estruturado para estimular o consumo. Estamos todos recebendo uma chuva de informações, nas mais diferentes formas de mídia, que nos fazem acreditar que sem adquirir, fazer, comprar, mudar, inovar, reformar, reciclar, não seremos felizes. Estamos inseridos num sistema de vida no qual a ambição para comprar um carro melhor, uma casa maior, um sapato mais bonito, uma “TV mais fininha”, estão presentes em proporções muito superiores em relação àquelas que poderíamos considerar equilibradas.
Somos escravos… Escravos das nossas ansiedades, escravos das nossas emoções negativas, em especial da carência e da baixa auto-estima, que nos fazem consumir tanto para conquistarmos a ilusória sensação de poder e confiança. Eu sei que muitas pessoas não concordam quando escrevo textos como esse e logo saem dizendo que sem fazer contas, parcelamentos, financiamentos, não conseguem nada na vida. Continuo respeitando a opinião de todos, mas nem por isso posso deixar de expor aqui uma lei a qual precisamos dominar: a lei da economia.
Ainda acerca da escravidão pelas dívidas e o consumismo exagerado, antes de concluir o raciocínio que você possa estar fazendo sobre a sua vida, peço que avalie os aspectos que seguem:
– Pesquisas já apontaram que aproximadamente 70% dos divórcios em casais que já estão juntos há pelo menos cinco anos, acontecem por influência de questões financeiras mal resolvidas;
– Nos hospitais, as filas de atendimento, os leitos e as salas de cirurgia, estão repletas de pessoas mal-resolvidas em suas finanças e escravas das dívidas;
– As brigas entre sócios e amigos de trabalho são promovidas em mais de 70% em função do dinheiro.
– A maioria dos casos de suicídio no mundo está relacionada a problemas financeiros. No Japão, recentemente um jovem tirou a própria vida por conta da frustração que sentia de não ter condições de comprar um iPad 2. Já na China, um rapaz vendeu seu próprio rim para poder adquirir o mesmo equipamento.
E mais:
– As pessoas se prostituem por dinheiro;
– As pessoas se corrompem por dinheiro;
– As pessoas matam por dinheiro;
– Os famílias ficam em desarmonia pela falta de dinheiro;
– A falta de dinheiro traz medo, ansiedade e leva ao estresse.
Definitivamente, quem não paga as contas e quem não honra os compromissos não é uma pessoa livre. E o pior, pelo grau de estímulo para consumir no qual estamos inseridos, a esmagadora maioria da população está endividada. No Brasil mesmo, recentemente, um levantamento acusou que pelo quarto ano consecutivo o brasileiro se endividou mais um pouco.
Falando de lei da atração (você atrai para a sua vida coisas, pessoas e acontecimentos em sintonia com aquilo que você pensa e sente), uma pessoa endividada naturalmente atrairá mais dívidas ou situações para as contas aumentarem. Quando falo de dívidas, não me refiro apenas a uma conta em aberto. Em especial, refiro-me à prática de comprar aquilo que nem se tem o dinheiro ainda para pagar. De forma mais específica, podemos dizer que às vezes a compra de algo foi feita sem que a pessoa tenha ainda trabalhado para ganhar o valor referente, já que ainda nem sabe se estará presente no seu trabalho nos dias sucessivos, que serão necessários para a quitação da conta.
Viver assim é construir ao redor de si um campo energético de dívidas e, como já falado, pela lei da atração, dívidas atraem mais situações de dívida. Entretanto, o contrário é verdadeiro, dinheiro também atrai mais dinheiro, por isso, se você souber reservar economias para construir o seu lastro, um campo de prosperidade será formado ao seu redor.
Na vida financeira de uma pessoa o que determina seu sucesso não é necessariamente quanto essa pessoa ganha, mas como ela administra a relação despesas X receita. O segredo é sempre foi e sempre será: gastar menos do que se possa ganhar. Isso é a lei da economia.
Ouço muita gente dizendo que não consegue economizar nem um real por mês. Entendo que de 3 a 7% da população brasileira ainda tenha muita dificuldade em economizar, todavia, se você está lendo esse texto, afirmo sem medo de ser determinista, que você não faz parte desse grupo. Então movimente-se! Comece agora a praticar a lei da economia com responsabilidade.
Você tem economias? Você tem o hábito de economizar todos os meses?
Se a sua resposta for não, então acorde, desperte e conscientize-se de que você está sucumbindo à escravidão pelas dívidas, em menor ou maior grau, mas está. Mude já! Faça as mudanças necessárias, talvez nem todas nesse momento, mas alguma coisa pode ser feita imediatamente.
Nos seminários que ministramos, normalmente ouvimos o seguinte comentário:
“Não vejo sentido em economizar se o que eu posso guardar é tão pouco!”
Eis um erro grave, basicamente porque economizar é um hábito e por isso é a atitude que mais conta, pelo menos no começo. Entenda que se você aprender a economizar R$ 12,00 reais por mês, você poderá desenvolver maneiras de multiplicar por muitas vezes esse valor ao longo da sua vida. Então, mãos à obra, comece a economizar, a guardar um pouco de dinheiro, nem que seja R$ 3,00 por semana (ou quem sabe R$ 3.000). Com essa simples prática, você formará um campo de prosperidade em sua vida e, sem demora, começará a encontrar novas fontes de renda. Ao longo do tempo, você será mais próspero, mais feliz e, na minha opinião, o que é mais importante: será mais livre também! Além disso, será um exemplo a ser seguido, sem contar que terá muito mais força para realizar seu projetos.
Não importa em que fase está a sua vida financeira, ou os seu negócios, seu trabalho ou renda: você pode economizar.
Não importa o tamanho do problema ao qual você está submetido atualmente, você pode economizar. Esse sempre foi o caminho da redenção e do sucesso financeiro.
O mais importante: dedique tempo integral para cuidar das suas emoções de forma correta, adequada e saudável, pois se você não oferecer o cuidado que esse aspecto requer, certamente carências e baixa auto-estima devorarão a sua renda, sua conta bancária e tudo mais, “sem dó e nem piedade”.
Aprenda a ser quem você é, sem a necessidade de ter ou comprar algo. Respire e seja racional nos seus hábitos de consumo, porque se não for assim, você certamente será mais um nas estatísticas de pessoas escravizadas pelas dívidas.
Liberte-se e tudo mudará em sua vida!