Maya Angelou e ainda Resisto
Maya Angelou, pseudônimo de Marguerite Ann Johnson, mulher negra, escritora, poeta e estadunidense, nascida no dia 04 DE ABRIL de 1938, nos Estados Unidos
Maya passou a infância na California, com sua avó paterna, Annie Henderson. No documentário “Maya Angelou, e ainda Resisto “(2016, disponível na Netflix) ela conta em entrevista que aos 7 anos de idade foi estuprada pelo namorado de sua mãe. Na época, ela contou apenas para o irmão de nove anos. Dias depois, o homem que a violentou foi encontrado morto. Maya acreditou que as suas palavras o teriam matado. Ela ficou 5 anos sem falar. Ela não falava com ninguém e nesses 5 anos, leu todos os livros da biblioteca da escola de negros. Voltou a falar quando uma senhora amiga com quem leu poesias durante 4 anos, lhe disse “você nunca vai gostar de poesia até que recite. Até senti-la rolar pela sua língua, sobre os dentes, através de seus lábios.” E foi assim, que Maya libertou sua voz. Através das palavras e da poesia.
Aos 17, Maya tornou-se a primeira motorista negra de ônibus em São Francisco. Anos depois, ela se tornou a primeira mulher negra a ser roteirista e diretora em Hollywood. Na década de 1950 – quando surgiu com o pseudônimo “Maya Angelou” – ela se afirmou como atriz, cantora e dançarina em várias montagens teatrais que percorreram o país, tais como: Porgy and Bess, Calypso Heatwave, The Blacks e Cabaret for Freedom; Nos anos 60 foi amiga de Martin Luther King Jr. e Malcolm X. Trabalhou durante anos para o movimento de direitos civis. Também nos anos 60, trabalhou e viajou pela África, como jornalista e professora, ajudando vários movimentos de independência africanos. Em 1970, publicou o primeiro livro, I Know Why the Caged Bird Sings, primeiro de cinco volumes da autobiografia de Maya Angelou que vai aproximadamente de 1930 até 1970. Maya escreveu muito sobre sua vivência enquanto mulher e negra nos Estados Unidos, país que onde o racismo foi legislado desde a época das 13 colônias.
Ao final de sua carreira, foi professora de história americana na Wake Forest University, Carolina do Norte, fazia excursões e dava palestras em vários lugares. Angelou morreu na manhã de 28 de maio de 2014.
Bom dia! vocês estão sentindo a poesia deste dia?Maya Angelou, pseudônimo de Marguerite Ann Johnson, mulher negra, escritora, poeta e estadunidense, nascida no dia 04 DE ABRIL de 1938, nos Estados UnidosMaya passou a infância na California, com sua avó paterna, Annie Henderson. No documentário "Maya Angelou, e ainda Resisto "(2016, disponível na Netflix) ela conta em entrevista que aos 7 anos de idade foi estuprada pelo namorado de sua mãe. Na época, ela contou apenas para o irmão de nove anos. Dias depois, o homem que a violentou foi encontrado morto. Maya acreditou que as suas palavras o teriam matado. Ela ficou 5 anos sem falar. Ela não falava com ninguém e nesses 5 anos, leu todos os livros da biblioteca da escola de negros. Voltou a falar quando uma senhora amiga com quem leu poesias durante 4 anos, lhe disse "você nunca vai gostar de poesia até que recite. Até senti-la rolar pela sua língua, sobre os dentes, através de seus lábios." E foi assim, que Maya libertou sua voz. Através das palavras e da poesia.Aos 17, Maya tornou-se a primeira motorista negra de ônibus em São Francisco. Anos depois, ela se tornou a primeira mulher negra a ser roteirista e diretora em Hollywood. Na década de 1950 – quando surgiu com o pseudônimo "Maya Angelou" – ela se afirmou como atriz, cantora e dançarina em várias montagens teatrais que percorreram o país, tais como: Porgy and Bess, Calypso Heatwave, The Blacks e Cabaret for Freedom; Nos anos 60 foi amiga de Martin Luther King Jr. e Malcolm X. Trabalhou durante anos para o movimento de direitos civis. Também nos anos 60, trabalhou e viajou pela África, como jornalista e professora, ajudando vários movimentos de independência africanos. Em 1970, publicou o primeiro livro, I Know Why the Caged Bird Sings, primeiro de cinco volumes da autobiografia de Maya Angelou que vai aproximadamente de 1930 até 1970. Maya escreveu muito sobre sua vivência enquanto mulher e negra nos Estados Unidos, país que onde o racismo foi legislado desde a época das 13 colônias. Ao final de sua carreira, foi professora de história americana na Wake Forest University, Carolina do Norte, fazia excursões e dava palestras em vários lugares. Angelou morreu na manhã de 28 de maio de 2014."Você pode me fuzilar com palavrasE me retalhar com seu olharPode me matar com seu ódioAinda assim, como ar, vou me levantar(…)Numa luz incomumente clara de manhã cedoEu me levantoTrazendo os dons dos meus antepassadosEu sou o sonho e as esperanças dos escravosEu me levantoEu me levantoEu me levanto"(trecho de Still I Rise – http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/05/1461284-leia-traducao-do-poema-still-i-rise-de-maya-angelou.shtml)ps: o vídeo foi retirado do documentário já citado.
Publicado por As Mina na História em Quarta-feira, 4 de abril de 2018
Maya Angelou(trecho de Still I Rise – http:// www1.folha.uol.com.br/ ilustrada/2014/05/ 1461284-leia-traducao-do-po ema-still-i-rise-de-maya-a ngelou.shtml)
ps: o vídeo foi retirado do documentário já citado.
Ainda Assim Eu Me Levanto – (“Still I Rise”)
Você pode me inscrever na História
Com as mentiras amargas que contar,
Você pode me arrastar no pó
Mas ainda assim, como o pó, eu vou me levantar.
Minha elegância o perturba?
Por que você afunda no pesar?
Porque eu ando como se eu tivesse poços de petróleo
Jorrando em minha sala de estar.
Assim como lua e o sol,
Com a certeza das ondas do mar
Como se ergue a esperança
Ainda assim, vou me levantar
Você queria me ver abatida?
Cabeça baixa, olhar caído?
Ombros curvados com lágrimas
Com a alma a gritar enfraquecida?
Minha altivez o ofende?
Não leve isso tão a mal,
Porque eu rio como se eu tivesse
Minas de ouro no meu quintal.
Você pode me fuzilar com suas palavras,
E me cortar com o seu olhar
Você pode me matar com o seu ódio,
Mas assim, como o ar, eu vou me levantar
A minha sensualidade o aborrece?
E você, surpreso, se admira,
Ao me ver dançar como se tivesse,
Diamantes na altura da virilha?
Das chochas dessa História escandalosa
Eu me levanto
Acima de um passado que está enraizado na dor
Eu me levanto
Eu sou um oceano negro, vasto e irriquieto,
Indo e vindo contra as marés, eu me levanto.
Deixando para trás noites de terror e medo
Eu me levanto
Em uma madrugada que é maravilhosamente clara
Eu me levanto
Trazendo os dons que meus ancestrais deram,
Eu sou o sonho e as esperanças dos escravos.
Eu me levanto
Eu me levanto
Eu me levanto!