Estrelas alem do tempo

O que o filme “Estrelas Além do Tempo” tem a ver com a sua aulaLuta das mulheres, diversidade, racismo, corrida espacial e Guerra Fria são alguns dos temas abordados no longa que você pode trabalhar com a turma

POR:

Nairim Bernardo

Baseado em fatos reais, o filme Estrelas Além do Tempo (Theodore Melfi, 2h07) conta a história de três cientistas negras que trabalharam na NASA durante a década de 1960 e colaboraram para a conquista espacial: Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson. Indicado ao Oscar de 2017 nas categorias de melhor filme, melhor atriz coadjuvante (Octavia Spencer) e melhor roteiro adaptado (Theodoro Melfi), o longa está entre os dez filmes de maior bilheteria de fevereiro nos cinemas do Brasil e dos Estados Unidos e levanta muitos temas que podem contribuir com sua aula.

Abaixo, destacamos as questões sociais, raciais, históricas e políticas presentes na narrativa e damos sugestões de como você pode trabalhá-las com a turma.

Local: Estados Unidos

Época: década de 1960

  • Com o acirramento da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética, o planeta Terra deixa de ser o único objeto de desejo e as duas nações passam a disputar quem irá mandar no universo. Vencer a corrida espacial não é apenas um sonho de ambos, mas uma questão política que definirá os rumos da história do mundo. Veja aqui um plano de aula a respeito dos aspectos tecnológico-ideológicos da Guerra Fria e de como a corrida espacial estava inserida no cenário político-econômico do século 20.
  • apartheid ocorrido na África do Sul é sempre lembrado, criticado e está presente em muitos livros didáticos de História e Geografia. O que tem pouco destaque é o fato de que a segregação racial também existiu nos Estados Unidos, e com muita força. Pessoas negras não podiam frequentar os mesmos lugares que as brancas e não tinham o mesmo direito à Educação. O racismo institucional era claro. A partir dos anos 60, começa um movimento muito forte pelo fim da segregação. A organização política da população negra cresce e, em resposta, líderes do movimento são assassinados. Veja aqui um plano de aula para discutir com seus alunos alguns episódios da luta contra a segregação nos Estados Unidos.
  • Entre as décadas de 1960 e 1970, o feminismo se consolidou como movimento e ganhou força nos Estados Unidos e na Europa. Entretanto, as mulheres ainda estavam (e permanecem) em grande desvantagem em relação aos homens, uma vez que não eram valorizadas devidamente, ou sequer contratadas. Veja aqui um plano de aula, voltado para o Ensino Médio, sobre feminismo e os desafios que as mulheres encontram no mercado de trabalho.

É nesse contexto de corrida espacial, segregação racial e luta das mulheres que Katherine Johnson (interpretada pela atriz Taraji P. Henson), uma matemática negra brilhante, é escolhida para trabalhar no Grupo de Missão Espacial, que pretende enviar o primeiro homem ao espaço (e, posteriormente, à Lua). Computadores ainda não eram utilizados para realizar cálculos complexos, por isso, ela mesma precisa realizar e conferir as contas que vão garantir que os astronautas consigam ir e voltar do espaço em segurança. Katherine é a única mulher e a única pessoa negra nesse grupo e sofre com a desconfiança e desvalorização. Ela tem seu trabalho dificultado e é impedida de assinar os relatórios que realiza. Além disso, ela precisa andar quase dois quilômetro para usar o banheiro destinado a pessoas negras e os colegas não aceitam dividir a mesma cafeteira com ela.

Já Dorothy Vaughan (papel que rendeu à Octavia Spencer a indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuavante) trabalha como supervisora dos “computadores negros” (equipe que realizava cálculos), mas sem receber formalmente esse título, pois é mulher e negra. Ao saber que a Nasa comprou um novo e potente computador, o IBM, ela descobre que ele é capaz de realizar 24 mil cálculos por segundo, o que pode colocar em risco seu emprego e de outras colegas. Para evitar que elas sejam dispensadas depois de a máquina começar a funcionar, Dorothy resolve aprender e ensinar as mulheres como programar.

(Todas as vezes que temos a chance de avançar, eles mudam a linha de chegada. Todas as vezes)

Mary Jackson (Janelle Monáe) sonha em atuar como engenheira, mas tem seu pedido para entrar no programa de treinamento de engenheiros da Nasa negado (os requisitos foram mudados justamente para que ela não pudesse concorrer). Determinada, ela resolve apelar para a justiça com o objetivo de se tornar a primeira mulher negra a estudar na Universidade da Virgínia. Ela consegue, vira a primeira engenheira da NASA e trabalha na construção da cápsula que lançaria o homem ao espaço.

Deu para perceber que ser uma mulher negra, especialmente naquela época, é muito difícil. Katherine, Dorothy e Mary sofrem preconceitos de todos os lados. Tanto de homens e mulheres brancas, como de homens negros, que se sentem superiores por serem homens. Apesar disso, o filme deixa claro que, sem essas três protagonistas, os Estados Unidos demorariam muito mais para lançar um homem ao espaço. Se elas tivessem sido valorizadas e inseridas antes nos programas para a missão espacial, o país poderia ter saído na frente da União Soviética. “O Estado soviético recrutou cérebros em todos os lugares. Além de trazer essa diversidade para o projeto de desenvolvimento do país, na época, eles estavam na frente na questão do preconceito em relação a mulher”, diz Juarez Xavier, professor da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação e Coordenador do Núcleo Negro da Unesp.

Duas questões sobre filmes para discutir com a turma


“Baseado em fatos reais” não quer dizer 100% verdade

 

Nem sempre o que aparece no filme é totalmente fiel ao que realmente aconteceu. Isso não costuma ocorrer nem quando o longa é uma adaptação de um livro. Essas diferenças entre um e outro são normais e, em geral, servem para ajudar na narrativa cinematográfica, dando mais dramaticidade, ou para ajustar a história à linguagem do meio em que ela está sendo contada.

 

Em Estrelas Além do Tempo, por exemplo, o diretor da Nasa, Al Harrison (Kevin Costner), fica indignado ao descobrir que sua funcionária precisa fazer uma grande caminhada para usar o banheiro destinado às pessoas negras. <ALERTA PARA SPOILER> Por isso, ele quebra a placa que indica “banheiro para pessoas de cor” e diz que, a partir daquele momento, não haverá mais essa distinção. Além de dar a ele o papel de “justiceiro”, a cena disfarça o que realmente aconteceu: os banheiros continuaram separados, apenas Katherine recebeu autorização para usar o banheiro para pessoas brancas. <FIM DO SPOILER>


A tradução do título pode mudar o sentido original

 

O título original de Estrelas Além do Tempo é Hidden Figures, que, em tradução literal, significa Figuras Escondidas. Escondidas porque poucas pessoas têm conhecimento de que mulheres negras trabalharam tão ativamente para a conquista espacial. Mas, na adaptação para o português, o nome ficou Estrelas Além do Tempo. “Essa adaptação esvazia o sentido crítico do filme. Mais uma vez, o mito da democracia racial presente no Brasil mascara o problema”, defende Juarez Xavier, da Unesp.

Imagens: Divulgação

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O que é fato e ficção em filmes e séries baseados em casos reais

Estrelas Além do Tempo’: história real é ainda mais otimista

As mulheres negras que trabalhavam na Nasa eram ainda mais ousadas que suas personagens no cinema

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Cartaz do filme ‘Estrelas Além do Tempo’ (Reprodução/Divulgação)Estrelas Além do Tempo conta uma história praticamente desconhecida e quase inacreditável: nos anos 1960, quando as leis de segregação racial ainda estavam em vigor nos Estados Unidos, um grupo de mulheres negras foi fundamental para o avanço tecnológico que permitiu a ida do primeiro americano ao espaço, atuando como “computadores”, responsáveis pelos complicados cálculos matemáticos envolvidos na missão. O longa-metragem dirigido por Theodore Melfi, que está em cartaz no Brasil, concorre a três Oscar no domingo – melhor filme, atriz coadjuvante (Octavia Spencer) e roteiro adaptado. É baseado num livro de não-ficção de Margot Lee Shetterly, que só foi lançado em setembro nos Estados Unidos. Estrelas Além do Tempo foca na história de três dessas mulheres: Katharine Johnson (Taraji P. Henson), que fez os cálculos de reentrada da cápsula espacial levando o astronauta John Glenn, Dorothy Vaughan (Octavia Spencer), uma das únicas supervisoras negras da agência, e Mary Jackson (Janelle Monáe), a primeira engenheira negra da Nasa. Como costuma acontecer nos filmes de ficção, nem tudo aconteceu exatamente como está na tela. A cronologia ficou um pouco bagunçada e a liberdade poética foi usada sem medo. Porém, vale perceber que as personagens, na vida real, pareciam ser ainda mais ousadas que suas representações no cinema. O blog É Tudo História leu o livro de Shetterly para distinguir realidade e invenção:Pequeno prodígio

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Katherine, então chamada Coleman (Johnson era o sobrenome de seu segundo marido), aparece fazendo cálculos complicados, pequena ainda. Os pais tinham recebido a notícia de que uma escola de ensino médio de prestígio, voltada para negros, tinha aceitado a menina, então na sexta série. De fato, ela sempre foi precoce, formando-se no ensino médio aos 14 e entrando na faculdade, com uma bolsa de estudos integral, aos 15. “Katherine contava o que visse pela frente – pratos, degraus, e estrelas no céu. Insaciavelmente curiosa sobre o mundo, a criança enchia os professores de gramática com perguntas e pulou da segunda para a sexta série”, escreve Shetterly no livro.

Carona e escolta policial

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Logo depois dos créditos, Katherine, agora Goble (nome de seu primeiro marido), Mary Jackson e Dorothy Vaughan estão paradas na beira da estrada. O carro quebrou, e Dorothy tenta consertá-lo. Elas estão preocupadas em chegar atrasadas ao trabalho. Um policial se aproxima, o que é motivo de preocupação para as três mulheres negras – em 1961, as leis de segregação ainda estão em vigor, especialmente no Estado da Virginia. Elas mostram suas credenciais, falam que trabalham no programa espacial, e o policial, movido pelo patriotismo, acaba escoltando o carro levando as três para que cheguem mais rapidamente ao seu destino. Na realidade, as três se conheciam – Dorothy foi supervisora das outras duas –, mas não chegavam a ser tão próximas. Dorothy nunca aprendeu a dirigir. Katherine  ia de carona com Eunice Smith para o trabalho. A cena serve mais para mostrar como o patriotismo fazia parte da corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética, que na época já tinha colocado um satélite em órbita, o Sputnik. E que o racismo ainda era forte.

Departamento segregado

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Katherine, Dorothy e Mary trabalham no West Computing Group, um prédio sem nenhum charme, com chão de concreto. Ali só trabalham as mulheres negras que atuam como “computadores”. As brancas ficam em outro grupo, o East Computing Group. Os dois departamentos existiram mesmo e eram segregados. Mas foram dissolvidos em 1958, antes, portanto, do grosso da ação do filme (a partir de 1961).

Veja também

Dorothy luta para ser supervisora

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Dorothy Vaughan é a supervisora de fato do West Computing Group, mas não tem o cargo, nem o salário. Ela pergunta sobre sua situação para Vivian Mitchell (Kirsten Dunst), uma personagem fictícia. “Esta é a NASA, para você”, responde Mitchell. “Rápida com foguetes. Devagar com o avanço.” Na verdade, Dorothy ficou dois anos esperando para ganhar o cargo, mas entre 1949 e 1951. Foi supervisora entre 1951 e 1958, a primeira negra a ocupar a posição. Sua frustração real viria ao final desse período, quando ficou esperando por uma nova promoção, que nunca veio. “Dorothy manteve segredo, contando à família por alto sobre sua decepção final”, escreve Shetterly. “Provavelmente, ela tinha esperado servir seus últimos anos como chefe de departamento, reconquistando o cargo que teve entre 1951 e 1958.”

Katherine perto das estrelas

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A matemática é transferida para o departamento responsável pelo cálculo da ida do homem ao espaço. O supervisor é Al Garrison (Kevin Costner). Quando Katherine entra na sala, tem a impressão de que todos olham para ela. “Eles nunca tiveram uma pessoa ‘de cor’ aqui, Katherine. Não me faça passar vergonha”, diz Vivian Mitchell. Um engenheiro entrega a Katherine uma lata de lixo, confundindo a “computadora” com uma faxineira. Na verdade, Katherine não era a única mulher negra no departamento. Al Garrison é uma composição de vários chefes que ela teve – Henry Reid, um deles, era conhecido por não gostar de trabalhar com mulheres. De fato, Katherine achou que um dos engenheiros olhou estranho e saiu quando ela chegou. “Katherine tinha uma escolha: ou ela podia decidir que sua presença tinha provocado sua partida, ou ela podia apenas presumir que o sujeito tinha terminado seu trabalho e seguido adiante. Katherine era a filha de seu pai, afinal. Ela exilou os demônios num lugar onde não podiam fazer mal, então abriu seu saco de papel e comeu seu almoço na sua nova mesa, sua mente focando na sorte que tinha tido de estar ali”, escreve Shetterly. Depois de duas semanas, Katherine estava amiga do tal engenheiro. Sempre disse que nunca sentiu discriminação ali, que todos estavam para trabalhar e até jogavam bridge na hora do almoço.

 

Corrida ao banheiro

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Num dos momentos que mais exemplificam as dificuldades enfrentadas pelas mulheres negras, Katherine precisa ir ao banheiro e descobre que só há unidades destinadas a mulheres negras no antigo prédio do West Computing Group. Ela perde muitos minutos todos os dias, correndo até lá, levando os cálculos que precisa fazer, às vezes embaixo de chuva. Um dia, quando Al Garrison lhe dá uma bronca por conta de seus sumiços durante o dia, ela explica a razão. Garrison destrói a placa que identifica os banheiros. Na verdade, foi Mary quem teve de correr ao banheiro do West Computing Group quando estava trabalhando no prédio do East Computing Group. Katherine nunca nem percebeu que os banheiros eram segregados. Depois de muito tempo, foi advertida de que estava usando o banheiro para brancas. “Na ocasião, ela simplesmente se recusou a mudar seus hábitos – recusou-se até a entrar num banheiro para negras. E pronto. Nunca mais ninguém disse palavra sobre o assunto”, escreve Shetterly.

 

Cafeteria para negros

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Durante algum tempo, também houve uma área na cafeteria apenas para negros em Langley. Uma das matemáticas retirou a plaquinha que marcava a divisão. O sinal foi recolocado, e ela tirou novamente. No filme, Katherine, Mary e Dorothy aparecem almoçando numa cafeteria só para negros. Na realidade, Katherine tomou a decisão de trazer seu almoço de casa e comer na sua mesa. Havia uma razão econômica, prática (a cafeteria ficava longe) e de saúde (ela trazia um almoço mais saudável). Mas não apenas: “Para Katherine, também havia o benefício de remover a cafeteria segregada de sua rotina diária, outro lembrete do sistema de castas que teria limitado seus movimentos e pensamentos”, segundo o livro.

 

Novo amor

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Katherine Goble, viúva, mãe de três filhas pequenas, conhece o Coronel Jim Johnson (Mahershala Ali) numa reunião depois do culto na igreja. Tempos depois, ele propõe casamento – assim ela vira Katherine Johnson, o nome pelo qual ficaria conhecida. Na realidade, as filhas de Katherine já eram adolescentes que preparavam o jantar e passavam suas roupas quando ela conheceu Jim, um capitão do Exército, na igreja.

 

Astronauta amigo

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Um evento especial apresenta os astronautas do Mercury 7, entre eles John Glenn (Glen Powell), que se tornaria o primeiro americano na órbita da Terra. Dorothy, Katherine e Mary estão na recepção, e Glenn faz questão de cumprimentá-las, perguntando o que fazem. Mais tarde, ele e Katherine se encontram novamente, numa reunião. No fim, Glenn exige que Katherine confira os números dados pelo computador (agora, a máquina) sobre sua partida e chegada à Terra. “Se a garota disser que os números estão certos, estou pronto para ir”, disse. Na realidade, o livro faz breve menção sobre o evento com a presença dos Mercury 7 (que foi em 1959) e não deixa claro se as três teriam mesmo conhecido Glenn, nem que Katherine o teria encontrado numa reunião. Apenas diz que, se os engenheiros confiavam em Katherine, e Glenn confiava nos engenheiros, logo Glenn confiava em Katherine. Por isso pediu para ela conferir os números, dizendo a frase que aparece no filme.

 

O computador é o futuro

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Com a chegada de um computador IBM do tamanho de uma sala, Dorothy percebe logo que os dias dos “computadores”, as mulheres que fazem os cálculos, estão contados. Mas a máquina é tão nova e sofisticada para a época que ninguém sabe operá-la. Dorothy chega a “roubar” um livro sobre a linguagem dos computadores na biblioteca – o volume estava numa área destinada apenas a brancos. Depois entra escondido na sala, pega o manual e aprende a programar. Na vida real, Dorothy Vaughan percebeu mesmo que o futuro para as matemáticas da Nasa era se tornarem programadoras. Ela fez alguns cursos sobre o assunto. Com a extinção do West Computing Group, tornou-se programadora dos computadores, junto com outras mulheres.

 

Mary luta para ir à escola

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Instigada por seu chefe, Mary Jackson quer se tornar engenheira. Para isso, precisa frequentar uma escola para brancos – a segregação já tinha sido derrubada pela Suprema Corte, mas o Estado da Virginia desobedecia a ordem. Ela resolve então ir à Justiça para obter uma autorização especial, fazendo sua própria defesa na frente do juiz. Mary Jackson teve mesmo de pedir autorização especial para estudar numa escola para brancos, mas seu pedido foi feito à cidade. Ela se tornou a primeira engenheira negra da NASA em 1958.

 

Katherine briga para entrar nas reuniões

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No filme, o engenheiro principal do projeto, Paul Stafford (Jim Parsons), vive tentando impedir Katherine de ter acesso às informações. Paul passa seus cálculos para ela conferir com áreas escondidas por caneta preta, recusa que Katherine assine relatórios em conjunto e impede que ela participe de reuniões com o Alto Comando para poder fazer a matemática mais rapidamente, já que muita coisa muda o tempo inteiro. Paul Stafford é um personagem criado para o filme. Katherine, na verdade, assinou diversos relatórios e estudos. Mas, de fato, teve de brigar para entrar em reuniões dos engenheiros, feitas a portas fechadas. “Por que não posso ir às reuniões?”, ela perguntou, segundo o livro de Shetterly. “Garotas não vão às reuniões”, foi a resposta de seus colegas homens. Ao que ela respondeu: “Existe uma lei proibindo?”. Depois de insistir algumas vezes, ela conseguiu a permissão.

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Sobre bbraga

Atuo como professor de química, em colégios e cursinhos pré-vestibulares. Ministro aulas de Processos Químicos Industrial, Química Ambiental, Corrosão, Química Geral, Matemática e Física. Escolaridade; Pós Graduação, FUNESP. Licenciatura Plena em Química, UMC. Técnico em Química, Liceu Brás Cubas. Cursos Extracurriculares; Curso Rotativo de química, SENAI. Operador de Processo Químico, SENAI. Curso de Proteção Radiológica, SENAI. Busco ministrar aulas dinâmicas e interativas com a utilização de Experimentos, Tecnologias de informação e Comunicação estreitando cada vez mais a relação do aluno com o cotidiano.

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