LIBRAS é a sigla de Língua Brasileira de Sinais, um conjunto de formas gestuais utilizado por deficientes auditivos para a comunicação entre eles e outras pessoas, sejam elas surdas ou ouvintes.
Ela tem sua origem baseada na linguagem de sinais francesa e é um dos conjuntos de sinais existentes no mundo inteiro com o propósito de realizar a comunicação entre pessoas com deficiência auditiva.
Como acontece a comunicação por LIBRAS?
Cada país tem a sua própria estrutura de linguagem, que pode variar inclusive de região para região, dependendo da cultura do local e das expressões e regionalismos utilizados na linguagem comum.
Por isso, a Língua Brasileira de Sinais não funciona com a simples gestualização da língua portuguesa através do alfabeto. A comunicação ocorre por diferentes níveis linguísticos, através da interpretação e das relações entre os elementos que compõem uma frase.
Assim, sua principal diferença em relação à comunicação das pessoas ouvintes está no modo de articulação da linguagem, que acontece de forma visual-espacial e não através da emissão de sons.
Para se comunicar utilizando a Língua Brasileira de Sinais, além de conhecer os sinais, é preciso também conhecer as estruturas gramaticais para combinar as frases e estabelecer a comunicação de forma correta e eficaz.
Lei de LIBRAS
No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais foi estabelecida através da lei nº 10.436/2002 como a língua oficial das pessoas surdas.
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
A lei define que é obrigação dos governos garantir formas de incentivar o uso e a divulgação da Língua Brasileira de Sinais nas instituições públicas. A lei também tornou obrigatório o ensino de LIBRAS nos cursos de formação em Educação Especial, no ensino médio e no ensino superior. A regra se aplica para o sistema de educação federal, estadual e municipal.
A Língua Brasileira de Sinais também pode ser difundida e aprendida por intérpretes, que podem ser pessoas ouvintes especializadas em trabalhar com pessoas surdas. A função de intérprete ainda está em crescimento, mas já foi reconhecida e regulamentada através da Lei nº 12.319/2010.
Alfabeto em LIBRAS
Além da profissão de intérprete, outros mecanismos e instrumentos de divulgação da linguagem ajudam a tornar a Língua Brasileira de Sinais mais acessível a todos, como o dicionário de LIBRAS, cursos de formação e o alfabeto em LIBRAS, conforme mostra a imagem abaixo:
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Números em LIBRAS
A seguir estão os sinais em LIBRAS para os números cardinais:
Para expressar os números ordinais (primeiro, segundo, terceiro, quarto…), basta fazer os mesmos sinais para os números cardinais, mas tremendo levemente com a mão.
Os sinais de LIBRAS
Os sinais dessa linguagem surgem da combinação de movimentos da mão e de pontos de articulação, que são locais no próprio corpo humano ou no espaço onde os sinais são feitos. A linguagem também inclui o uso de expressões faciais e corporais. Desta forma, a Língua Brasileira de Sinais configura um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos.
Existem algumas particularidades da língua, que facilitam sua compreensão, como o fato dos verbos sempre se apresentarem no modo infinitivo e os pronomes pessoais não existirem. A existência dessas regras faz com o que o utilizador da língua sempre aponte a pessoa a quem se refere para ser melhor entendido.
Fonte:
https://www.significados.com.br/libras/https:/
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