Equipamentos usados no Laboratório de Química

Equipamentos usados no Laboratório de Química

Cada equipamento presente em um laboratório de química possui uma finalidade diferente

O laboratório de química é um dos locais mais fascinantes e surpreendentes para alguns alunos, principalmente para aqueles que o visitam pela primeira vez. Por meio dele, o aprendizado se dá de forma prática e é mais fácil observar como a Química é útil para o bem-estar da sociedade.

Nele, os profissionais dessa área – professores de química ou de ciências, pesquisadores, químicos industriais, técnicos de nível médio e engenheiros químicos – realizam diversas análises, reações químicas e outros processos que são facilitados por meio do uso de alguns equipamentos, aparelhos e dispositivos criados especialmente para essas atividades.

Existem vários tipos de equipamentos presentes em laboratórios de química. É verdade que a qualidade e a quantidade desses aparelhos dependem da instituição e do investimento feito em cada laboratório. No entanto, a seguir apresentaremos alguns equipamentos encontrados em qualquer laboratório de química, apontando a função e o nome de cada um:

Equipamentos de vidro (vidrarias):

Por realizarem atividades específicas e de alta precisão, os laboratórios de Química contam com uma gama de materiais e equipamentos que facilitam os trabalhos. Veja a seguir alguns dos principais aparelhos de laboratório e suas respectivas funções.

Centrífuga – aparelho utilizado para acelerar a sedimentação de partículas sólidas suspensas em líquidos.

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Balança digital – serve para medir a massa de substâncias sólidas e líquidas com grande acurácia.

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Espectrofotômetro

Espectrofotômetro é um aparelho amplamente utilizado em laboratórios, cuja função é a de medir e comparar a quantidade de luz (energia radiante) absorvida por uma determinada solução. Ou seja, ele é usado para medir (identificar e determinar) a concentração de substâncias, que absorvem energia radiante, em um solvente. Este aparelho possui uma gama de aplicações e está presente em várias áreas, tais como em química, física, bioquímica e biologia molecular. O grande inventor deste instrumento tão fundamental nos dias de hoje foi o químico americano Arnold O. Beckman, em 1940.

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Espectrofotômetro

Em geral, um espectrofotômetro possui uma fonte estável de energia radiante (normalmente uma lâmpada incandescente), um seletor de faixa espectral (monocromatizadores como os prismas, que seleciona o comprimento de onda da luz que passa através da solução de teste), um recipiente para colocar a amostra a ser analisada (a amostra deve estar em recipientes apropriados como as cubetas e tubos de ensaio) e, um detector de radiação, que permite uma medida relativa da intensidade da luz.  A base da espectrofotometria, portanto é passar um feixe de luz através da amostra e  fazer a medição da intensidade da luz que atinge o detector. O espectrofotômetro compara quantitativamente a fração de luz que passa através de uma solução de referência e uma solução de teste.

Esquema do funcionamento interno de um espectrofotômetro

Antes de utilizar um espectrofotômetro sempre é feita uma calibração, que é fundamental para garantir que as medições obtidas no aparelho sejam precisas. Esta calibração pode variar em vários espectrofotômetros. A maioria dos fabricantes fornece um guia sobre como calibrar o aparelho.

É muito importante ao colocar a amostra a ser analisada, não tocar no tubo de ensaio na parte do meio, para evitar manchas de dedo que alteram a leitura do aparelho. Assim, o ideal é pegar na parte superior do tubo e colocá-lo no aparelho para que ele faça a leitura e dê o resultado almejado. Além disto, para que um espectrofotômetro funcione corretamente, deve ser aquecido antes de usar. Muitos dispositivos demoram cerca de 10 minutos para aquecer.

espectrometria de massas é uma técnica analítica física para detectar e identificar moléculas de interesse por meio da medição da sua massa e da caracterização de sua estrutura química. O princípio físico básico de um espectrômetro de massa consiste em criar íons de compostos orgânicos por um método adequado, separá-los de acordo com a sua taxa de massa/carga (m/z) e, por conseguinte, detectá-los qualitativa e quantitativamente por sua respectiva taxa m/z e abundância.[1]A espectrometria de massas é frequentemente aplicada no controle de poluição, controle de comida, física atômica, determinação de parâmetros termodinâmicos, e muitos outros ramos científicos.[

Estufa de laboratório

Sua função é eliminar qualquer existência microbiológica que possa estar nos instrumentos laboratoriais. … A estufa de laboratório utiliza a alta temperatura para o extermínio de possíveis agentes contaminantes. Para isso, trabalha em altas temperaturas que podem alcançar mais de 200 graus Celsius.

ESTUFA ESTERELIZAÇÃO E SECAGEM ANALÓGICA 50°C à 250°C BIVOLT SOLIDSTEEL

Capela de laboratório

Uma capela de laboratóriocapela laboratorialcapela de exaustão ou hotte é um equipamento de proteção coletiva (EPC) em todos os laboratórios que tenham algum tipo de trabalho com manipulações de produtos químicos, tóxicos, vapores agressivos, partículas ou líquidos em quantidades e concentrações perigosas, prejudiciais para a saúde. Por isso a sua importância no laboratório e a obrigatoriedade de toda a manipulação que possa ocasionar uma reação perigosa ser feita dentro de uma capela.

É usada em laboratórios de química onde se trabalha com o manuseamento de compostos tóxicos ou voláteis, partículas ou líquidos perigosos em grande quantidade, prejudiciais para a saúde humana[2]. Sua função é exaurir vapores, gases e fumos, mas serve também, como uma barreira física entre as reações químicas e o ambiente de laboratório, oferecendo assim uma proteção aos usuários e ao ambiente contra a exposição de gases nocivos, tóxicos, derramamento de produtos químicos e fogo.[3].

Sua função é exaurir vapores, gases e fumos, mas serve também, como uma barreira física entre as reações químicas e o ambiente de laboratório, oferecendo assim uma proteção aos usuários e ao ambiente contra a exposição de gases nocivos, tóxicos, derramamento de produtos químicos e fogo.

Domínio público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=424266

pHmetro

pHmetro ou medidor de pH é um aparelho usado para medição de pH. Constituído basicamente por um eletrodo e um circuito potenciômetro. O aparelho é calibrado (ajustado) de acordo com os valores referenciado em cada soluções de calibração. Para que se conclua o ajuste é então calibrado em dois ou mais pontos. Normalmente utiliza-se tampões de pH 7,000 e 4,005. Uma vez calibrado estará pronto para uso. A leitura do aparelho é feita em função da leitura da tensão (usualmente em milivolts) que o eletrodo gera quando submerso na amostra. A intensidade da tensão medida é convertida para uma escala de pH. O aparelho faz essa conversão, tendo como uma escala usual de 0 a 14 pH. Seu uso é comum em qualquer setor da ciência que trabalhe com soluções aquosas. É utilizado na agricultura, tratamento e purificação da água, fabricação de papel, indústria petroquímica, na produção e desenvolvimento de medicamentos, fabricação de alimentos, entre outros.

Laboratório Nacional de Referência Animal – LANARA considera carne para consumo, aquela que apresenta valores de pH entre 5,8 a 6,2. Consumo imediato valores de pH entre 6,2 a 6,4, sendo que, valores acima de 6,4 apresenta estágio inicial de decomposição (BRASIL, 1981)Rigor Mortis – Conversão do músculo em carne

Mesmo após a morte do animal a musculatura ainda permanece “viva”, sendo que somente após um conjunto de reações bioquímicas e biofísicas é que o músculo transforma-se em carne.
Contração muscular
O músculo em um animal vivo se contrai por um processo de gasto/recuperação de energia sob condição aeróbica (presença de oxigênio).
Apesar disso, o processo de contração é possível em condições anaeróbicas; essa forma, no entanto, só é utilizada sob condições anormais, por ser pouco eficiente.
Com a morte e, por conseqüência, com a falência sangüínea, o aporte de oxigênio e o controle nervoso deixam de chegar à musculatura. O músculo passa a utilizar a via anaeróbica, para obter energia para um processo contrátil desorganizado; nesse processo há transformação de glicogênio em glicose, e como a glicólise é anaeróbica, gera lactato e verifica-se a queda do pH.
Com o gasto dos depósitos energéticos, o processo contrátil tende a cessar formando um complexo irreversível denominado de acto-miosina. Nesse estado, a musculatura atinge o rigor mortis, ou seja, os músculos transformam-se em carne.
Um dos aspectos mais marcantes da transformação do músculo em carne é a queda do pH, inclusive, a ponto de determinar a futura qualidade da carne.
Rigor pelo descongelamento: quando um músculo congela antes de atingir o rigor mortis, posteriormente, quando do descongelamento ocorre o encurtamento pelo frio e uma excessiva perda de suco.
http://paraiso.etfto.gov.br/docente/admin/upload/docs_upload/material_f83313eb25.pdf

 

Vidrarias

O vidro é um tipo de material muito útil nos laboratórios, principalmente pela sua dureza, resistência, durabilidade e inalterabilidade, além de ser de fácil manuseio e limpeza. Os utensílios descritos abaixo são, em geral, feitos de vidro temperado, que é o vidro tratado térmica e quimicamente para que algumas dessas características sejam potencializadas.

Tubo de ensaio é um recipiente usado para efetuar reações químicas de pequena escala com poucos reagentes de cada vez. Pode ser aquecido diretamente na chama do bico de Bunsen, por ser feito, normalmente, de vidro temperado.

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Erlenmeyer – é um frasco de vidro ou plástico que leva o nome do químico alemão, Emil Erlenmeyer. Sua utilização é vasta, podendo ser usado para misturas e soluções, mas a sua utilização mais comum é para a titulação, processo que determina a quantidade de uma determinada substância em uma solução.

boca estreita do Erlenmeyer se torna uma vantagem quando o solvente é volátil, impedindo-o de evaporar. Da mesma forma, em soluções químicas, o bico estreito não permite respingamento, mesmo quando há agitação de seu conteúdo. A agitação, aliás, é uma de suas utilizações, já que facilita algumas reações químicas.

Sua parede em forma de cone invertido evita que o líquido em seu interior espirre para fora.

Apesar de amplamente utilizado, o erlenmeyer possui limitações, já que não podem ser utilizados para determinar medidas precisas, e sim medidas aproximadas.

Em alguns experimentos, o erlenmeyer pode ser desaerado e tampado, para que não ocorra qualquer influência externa ou em compostos sensíveis ao ar.

O erlenmeyer também pode ser aquecido diretamente no Bico de Bunsen, função que também é bastante utilizado em titulações. O erlenmeyer é usado em associação com diversos materiais, como a bureta e a pipeta. Pode ser utilizado para a criação de culturas bacterianas também..

Apresenta variações de tamanhos de bocas, tampas de vidro esmerilhado e plástico e inclusive estrias em suas paredes para melhor homogenização de soluções.

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Béquer – O béquerbeckercopo ou gobelé é um recipiente simples utilizado em laboratório. Béqueres são geralmente de formato cilíndrico com fundo chato e um bico em sua parte superior. Eles são graduados, oferecendo medidas pouco precisas. Não há um tamanho padrão para esses materiais, podendo medir volumes muito pequenos, de poucos mililitros, até volumes maiores, com vários litros. De modo muito grosseiro efetua-se medidas com o copo de Becker, pois a sua medida é muito imprecisa (normalmente com precisão variante em 5% do mercado).
Seu uso é recomendado para experimentos e misturas. Suas capacidades volumétricas mais comuns são de 80 a 400mL, mas indo até 4L ou mais entre os feitos de vidro e 20L entre os de polímeros. Utilizado como recipiente para conter líquidos ou soluções, ou mesmo, fazer reações com desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o tripé com tela de amianto.

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Cálice de vidro  graduado

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Balão de fundo redondo Utilizado principalmente em sistemas de refluxo e evaporação a vácuo, acoplado a um condensador, é um recipiente de forma esférica, redondo no fundo, com uma embocadura (gargalo) na sua extremidade superior para enchimento e ligação a outras peças de equipamento laboratorial e com um tubo de saída lateral. A sua aplicação restringe-se à destilação, processo de separação de constituintes de misturas líquidas ou eliminação de impurezas, onde serve de recipiente para o aquecimento energético – normalmente manta de aquecimento, bico de Bunsen ou banho – do fluído até este entrar em ebulição. O balão de destilação, como também é conhecido, só deve estar cheio até cerca de metade da sua capacidade, para evitar projeções do líquido.
O balão de fundo redondo é de vidro, uma vez que a sua utilização exige temperaturas muito elevadas não podendo por este fato ser de outro material.

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balão de fundo chato destina-se a destilações químicas, seu uso é semelhante ao balão de fundo redondo, porém mais apropriado aos aquecimentos sob refluxo pois  pode ser apoiado sob superfícies planas. Para armazenar, preparar, aquecer ou recolher soluções. Podem ser de vidro transparente ou âmbar.

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Balão volumétrico, é um recipiente com forma de pera, de fundo plano e com um gargalo retilíneo, comprido, estreito e com tampa, no qual está gravado uma marca transversal que indica o volume exato do recipiente a 20o C. O balão volumétrico é usado para preparar soluções de concentração rigorosa e para medir o volume de líquidos.Assim, como todo o material de medida exata, não se devem aquecer nem introduzir sólidos no seu interior.Os balões volumétricos são de vidro e as capacidades mais frequentes são as de 50, 100, 250, 500 e 1000 ml.

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Condensador é um aparelho usado muito em laboratórios para condensação de gases (passagem do estado gasoso para o liquido). Este aparelho usa um sistema de resfriamento simples através do resfriamento do gás pela água em baixas temperaturas, mas sem o contado entre as duas. Este aparelho também pode ser usado apara auxiliar na separação de substâncias, quando estas têm valor de ebulição diferente, aquecendo-se a mistura para a que tiver menor ponto de ebulição evapore antes e se condense novamente no condensador separando-se totalmente do resto da mistura.Existem dois tipos de condensadores: Condensadores Friedrich e Condensadores Allihn.

Condensadores: São colunas de vidro com tamanho variável entre 10 cm e 1,7 metro, dentro das quais existem tubos em forma reta, espiral ou bolas sequenciais. São utilizados em destilações.

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Condensador Friedrich

Usa-se uma coluna especial de vidro, com uma serpentina em seu interior a qual leva água resfriada, enquanto a coluna possui duas entradas para balões volumétricos onde um deles leva a substancia e o outro servirá de coletor quando acorrer à condensação.

Neste tipo de condensador o gás entra na câmara maior enquanto que a água esta na serpentina, quando o gás entra em contado com a serpentina ele se condensa e escorre ate o balão coletor.

OBS: a água de resfriamento sempre esta em troca, para que sua temperatura sempre esteja baixa o suficiente para condensar o gás.

Condensador de Allihn

Neste tipo de condensador ocorre ao contrario, a água circula pela câmara maior injetada pela parte inferior e recolhida pela superior tornando a área de resfriamento maior, enquanto que o gás entra e circula pela parte inferior mas não por uma serpentina e sim por um conjunto de balões internos.

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Os condensadores não servem apenas para separar misturas liquido-liquido, podem também ser usados na separação liquido-solido. Um exemplo bem prático é a mistura de água e sal, quando fervemos a água e ela entra em ebulição deixa todo o sal no recipiente, e condensando no aparelho se depositando no balão como água pura.

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extrator Soxhlet faz parte das vidrarias para laboratório e foi criado para a extração de lipídios e outras substâncias sólidas que são insolúveis em água, mas solúveis em compostos orgânicos. No que diz respeito a forma, este equipamento para laboratório é composto por um reservatório de vidro com tubo lateral, esta estrutura fica entre um condensador (parte superior) e um balão (parte inferior).

O funcionamento desta peça começa com a introdução do sólido no reservatório, é importante que este material esteja envolto por um papel filtro. A extração acontece com o uso de solvente que fica no balão e é aquecido com o auxílio de uma manta aquecedora.

Este processo tem o objetivo de fazer o solvente entrar em ebulição e o vapor alcança o condensador que fica na parte superior se transformando em líquido. As gotas que resultam desta transformação caem sobre o papel filtro e enchem o reservatório até o nível do tubo lateral que leva o solvente de volta para o balão junto com as substâncias solúveis da amostra contida no papel filtro e o ciclo é retomado até a obtenção do composto final.

Proveta (ou cilindro graduado) – A proveta é um instrumento laboratorial de formato cilíndrico que serve para medição de líquidos para os mais variados fins. Pode realizar medições diversas, de acordo com o tamanho, e sua fabricação é geralmente em plástico ou vidro — o que afeta diretamente seu preço no mercado. embora seja de pouca precisão, serve para medir e transferir líquidos.

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Bastão ou baqueta: é um bastão maciço de vidro. Serve para agitar e facilitar as dissoluções ou manter massas líquidas em constante movimento.

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Bureta – é um tipo de vidraria utilizada em laboratórios, disposta na vertical (com escoamento de fluido de forma gravitacional), sustentada por um suporte universal (com garras) e, quando em utilização, posicionada sobre um béquer ou erlenmeyer. Seu principal objetivo de uso está na correta dosagem volumétrica de algum reagente nas titulações.

A titulação nada mais é que a determinação analítica de uma substância em uma mistura (como a determinação de ferro ou cálcio em solo, ou de sais de magnésio e sódio em água do mar). Caso essa titulação seja através da reação entre um titulante (contido na bureta) e o analito (substância a ser determinada) baseando-se nas relações de volume e concentração de ambos, denomina-se volumetria ou titulação volumétrica.A bureta é utilizada como vidraria titulante por possuir facilidade na leitura do nível de líquido contido (portanto, é graduada. Em cm, de baixo para cima), além de ser de grande exatidão (exatidão no sentido de aproximar-se do valor real de volume de solução utilizado) e precisão (no sentido desses valores serem reproduzidos em sucessivas titulações com erro muito pequeno).No fundo da bureta há uma torneira de precisão, onde pode ser cuidadosamente regulada sua abertura de modo a ultrapassar o mínimo estequiometricamente calculada, portanto dependendo do balanceamento correto da possível o ponto de equivalência da titulação (quando a quantidade de matéria reação, do titulante iguala-se a do titulado).

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Pipeta

pipeta é um material de laboratório muito utilizado, e sua função principal é transportar quantidades precisas de material líquido. São usadas, por exemplo, em diversos exames médicos e no estudo da biologia molecular. Existem diversos tipos, como a pipeta graduadapipeta volumétrica, a pipeta automática e também as micropipetas (para quantidades muito pequenas de líquido). Um tipo de pipeta mais barata é a Pipeta de Pasteur, utilizada geralmente para pingar líquidos em outras substâncias.

Funcionamento

As pipetas funcionam em sua maioria utilizando um sistema de vácuo. Existe em sua base uma abertura por onde entra o líquido, e uma ou mais saídas em seu topo, por onde sai o ar. Após colocar a pipeta no líquido, a substancia entrará pela base da pipeta e preencher a parte interna. Depois, fecha-se a abertura de cima, criando o vácuo que vai segurar o líquido dentro desse instrumento. Para capturar uma quantidade exatada, basta sugar mais do que é necessário, e depois ir soltando o ar aos poucos até se chegar na quantidade desejada (nas pipetas graduadas).

Modelos de Pipeta

Pipeta graduada

Possui graduações ao longo de seu corpo, possibilitando a sucção de variadas quantidades de líquido.

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Pipeta volumétrica

Na pipeta volumétrica só existe uma medida possível, marcada por uma linha.e.

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Pipeta de Pasteur

Uma pipeta bastante simples, não possuem abertura superior, apenas a inferior para entrada de liquido. Possuem na ponta um “balão” que quando pressionado expele o ar para fora. Daí mergulha-se a ponta no liquido e em seguida soltando o balão, trazendo o líquido para a pipeta. Geralmente são feitas de plástico e são descartáveis. Foi criada pelo médico francês Louis Pasteur em suas pesquisas.

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Pipeta Eletrônica

São mais utilizadas em laboratórios de pesquisa e em exames médicos, onde é necessário uma precisão muito grande. Alguns modelos possuem vários “canais”, que facilitam bastante em diversos casos e aumentam a produtividade do usuário. As suas pontas geralmente são descartáveis, para evitar a contaminação das substâncias manipuladas. Nessas micropipetas, o líquido sempre fica retido na parte removível, para que não haja descalibragem do equipamento.

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Micropipeta eletrônica

Funil de vidro: Empregado para transferir líquidos e para apoiar o papel de filtro.

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Cadinho ou cápsula de porcelana:  – utilizado para aquecer e fundir sólidos a temperaturas elevadas. e pode ser levada ao fogo sobre tela de amianto.diretamente na chama do bico de Bunsen.

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Suporte universal, garra e pinças de fixação: Usados para segurar e sustentar vidrarias, como balões e condensadores, entre outros.

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Tripé de ferro: Usado como apoio para tela de amianto e outros objetos a serem aquecidos Bunsen.

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Tela de amianto: suporte para as peças a serem aquecidas. A função do amianto é distribuir uniformemente o calor recebido pela chama do bico de Bunsen

Estante para tubos de ensaio: É utilizado para apoiar tubos de ensaio.

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Funil de Buchner – muito utilizado em filtrações a vácuo, juntamente com o frasco de Kitasato.

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CC-BY-SA-3.0], via Wikimedia Commons

Kitassato: Recipiente de vidro com paredes super-reforçadas e indicado para filtrações a vácuo.

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Kitassato ou Frasco de Büchner. Foto: Danielle Keller [public domain] / via Wikimedia Commons

 

Funil de Separação

funil de bromo ou balão de decantação é uma das vidrarias utilizadas em laboratório com principal função de separar uma mistura líquida heterogênea por simples ação da gravidade: o componente líquido mais denso tende a ocupar a região inferior e, portanto, pode ser removido por método de dreno ( o funil de bromo possui um regulador de vazão no fundo que ao ser aberto deixa o líquido mais denso fluir. O analista deve ater-se a fechar essa pequena válvula tão logo a linha que divide as duas fases esteja imediatamente próxima do furo).Essa vidraria pode ser confeccionada em vidro tipo borossilicato (pirex) ou plástico (a depender das substâncias que serão separadas, e mesmo que seja inerte à boa parte dos produtos químicos, pode haver interação da mistura com o vidro).

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Geralmente é posicionada acima de um béquer e fixada por garras e um suporte universal.

 

Pisseta: Deve conter solventes, água ou soluções de sabões e é utilizada para efetuar lavagens de outras vidrarias.

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Vidro de relógio – utilizado para pesar quantidades pequenas de substâncias, para cobrir recipientes e para evaporar soluções.

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Materiais de porcelana

A porcelana é um produto da mistura do quartzo, argila, feldspato e caulim, submetida a elevadas temperaturas (cerca de 1400 °C). Trata-se de um material muito resistente, sobretudo ao aquecimento. Conheça alguns utensílios de porcelana utilizados em laboratório.

Almofariz e pistilo – serve para triturar substâncias sólidas. Também pode ser encontrado em vidro.

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Triângulo de porcelana – é um utensílio destinado a suportar cadinhos em aquecimento e consiste numa estrutura metálica triangular revestida por material cerâmico (tubos de sílica ou de porcelana). Este triângulo de porcelana é assente num tripé ou noutro utensílio de sustentação equivalente. Permite que a chama entre em contacto direto com a peça em aquecimento, daí ser utilizado quase exclusivamente com cadinhos.

Cápsula de porcelana – utilizada para concentração e secagem de soluções.

capsula de evaporação de porcelana - cap. 100ml

 

Equipamentos de ferro:

Bico de Bunsen

Bico de Bunsen é um dispositivo amplamente usado em laboratórios científicos para aquecer substâncias. É utilizado na esterilização de pequenos objetos, para aquecer produtos químicos, polir a fogo vidros quebrados e para muitas outras finalidades. Basicamente, um bico de Bunsen é um queimador de gás de pequeno porte com uma chama ajustável, onde pode-se manipular a quantidade de gás e ar. O queimador recebeu este nome em homenagem a Robert Wilhelm Bunsen, químico alemão, que recebeu os créditos pela invenção do aparelho, baseado no projeto de seus assistentes Michael Faraday e Peter Desaga.

A constituição de um bico de Bunsen inclui um tubo de metal vertical com aproximadamente 13 cm de comprimento, que é ligado a uma base. Esta base inclui um bocal para conectar-se com uma fonte de combustível, bem como uma válvula de gás e um regulador de combustão para controlar a quantidade de ar através de pequenos buracos na base do tubo. O gás se mistura com o ar na parte inferior do tubo e, logo em seguida, vai em direção ao topo do tubo, onde pode ser aceso com um fósforo ou isqueiro, produzindo uma notável e luminosa chama, que pode ser controlada tanto na sua altura quanto em sua intensidade. Existem vários tipos de bicos de Bunsen disponíveis no mercado para uso com gás liquefeito de petróleo (GLP), gás do carvão hulha e gás natural.

1 – válvula de ar fechada; 2 – válvula de ar quase fechada; 3 – válvula de ar semi-aberta; 4 – válvula de ar totalmente aberta

A chama produzida pelo bico de Bunsen varia em cor (amarelo-laranja à azul) e temperatura (300º C à 1600º C). Quando os orifícios de ar (oxigênio) são totalmente fechados na base do aparelho, o gás só irá se misturar-se com o ar ambiente depois que ele saiu do tubo, na parte superior. Essa mistura produz uma chama amarelo brilhante conhecida como “Chama de Segurança”, pois é mais fácil de ser visualizada e menos quente. Esta chama também é referida como chama “suja” pelo fato de deixar uma camada de carbono (fuligem) sobre o que é aquecido. A temperatura atingida é de cerca de 300º C.

O tipo de chama mais usado para aquecimento é a chama azul, também referida como chama invisível, dificilmente vista em um quarto bem iluminado, por exemplo. Esta chama atinge uma temperatura boa para aquecimento. Para produzir esta chama azulada, deve-se regular a abertura dos os orifícios de ar na base do bico de Bunsen, para que o oxigênio misture-se com o gás, tornando a queima deste mais eficiente.

É muito importante antes de manusear este tipo de aparelho, haver um treinamento para evitar possíveis acidentes, visto que muitas tragédias de laboratório estão relacionadas com queimaduras ou chamas expostas. Deve-se proteger os olhos, cabelos e as roupas e manter a distância produtos químicos inflamáveis, pois oferecem risco de explosão.

Dessecador

dessecador é uma das diversas vidrarias utilizadas em laboratórios. E sua principal função é a de diminuir a umidade de alguma substância (via uso de um dessecante, como a sílica gel).A tampa possui uma resina vedante (geralmente, silicone), para que o conteúdo esteja completamente isolado do meio (até porque, além de contaminação, o vapor d’água tenderá a equilibrar-se por causa do gradiente de concentração – o meio externo, com pressão de vapor maior, estará mais concentrado em água. Assim, caso a vedação não seja completa, a mesma tenderá a adentrar no recipiente).

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A desidratação de um analito ou reagente é feito da seguinte forma: no dessecador são postos a sílica e a substância. A partir desse momento, com o recipiente tampado, a água, por diferença de pressão, ao sair da condição de solvente (pois hidrata o sólido em questão) e evaporar, tende a solvatar os cristais de sílica (que possui propriedades higroscópicas).

Entretanto, após algum tempo, a eficácia da sílica torna-se inapropriada para os fins desejados, pois quanto mais atinge-se o equilíbrio entre a concentração de água nos seus cristais e nos cristais da substância, mais difícil se torna essa migração. Por isso, os analistas utilizam-se da seguinte técnica: se a pressão no interior do dessecador diminuir, o vapor de água contido em ambos (sílica e substância) tenderá a dispergir para o meio (também por diferença de pressão). Porém, a sílica geralmente é mais higroscópica que o outro sólido, assim, perderá umidade para o meio mais facilmente. Assim, a sílica poderá absorver mais água até atingir seu ponto de saturação (quando adquire cor rósea). Esse método é aplicado utilizando-se uma bomba para retirar os gases e vapor d’água do interior do recipiente.Caso o sólido possua muita umidade, ou ainda, seja mais higroscópico, pode-se aplicar a técnica da bomba a vácuo (descrito anteriormente) com constantes trocas da sílica (ou com determinada quantidade de sílica a mais).

Tela de aquecimento: esse trançado de fios de ferro, com um material no centro adequado para aquecimento, é usado exatamente para que o material a ser aquecido não receba diretamente a chama do bico de Bunsen. Além disso, ela tem a função de distribuir o calor para que o equipamento de vidro que está sendo aquecido não quebre; Deve-se observar que hoje em dia não é mais utilizado o amianto para confecção da tela central, por ser considerado cancerígeno, mas a nomenclatura permanece.

 

Arquivado em: Materiais de Laboratório

Referências Bibliográficas:

http://depts.washington.edu/chem/courses/labs/142labs/CompDemo.html
http://www.infopedia.pt/$bico-de-bunsen
http://inorgan221.iq.unesp.br/quimgeral/experimental1/consideracoes_do_bunsen.html
http://www2.fc.unesp.br/lvq/exp01.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bico_de_Bunsen

 

Referências Bibliográficas:
http://www.shs.eesc.usp.br/downloads/instrumentacao/Instrumentacao-aula10.ppt
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espectrofot%C3%B4metro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espectrofotometria
http://euclides.if.usp.br/~ewout/ensino/fge1189/000165.html
http://pessoal.educacional.com.br/up/81000001/5123733/Apostila%20de%20Fundamentos.pdfFELTRE, Ricardo. Química volume 1. São Paulo: Moderna, 2005.
USBERCO, João, SALVADOR, Edgard. Química volume único. São Paulo: Saraiva, 2002.
http://www.uff.br/gcm/GCM/atividades/fuly/izabel.htm
http://www.splabor.com.br/blog/tag/balanca/

http://www.mocho.pt/search/local.php?info=local/imagens/quimica/laboratorio.inf

 

 

 

 

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Atuo como professor de química, em colégios e cursinhos pré-vestibulares. Ministro aulas de Processos Químicos Industrial, Química Ambiental, Corrosão, Química Geral, Matemática e Física. Escolaridade; Pós Graduação, FUNESP. Licenciatura Plena em Química, UMC. Técnico em Química, Liceu Brás Cubas. Cursos Extracurriculares; Curso Rotativo de química, SENAI. Operador de Processo Químico, SENAI. Curso de Proteção Radiológica, SENAI. Busco ministrar aulas dinâmicas e interativas com a utilização de Experimentos, Tecnologias de informação e Comunicação estreitando cada vez mais a relação do aluno com o cotidiano.

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