Maquiagens e a Química
Pois bem as maquiagens já eram usadas desde os tempos mais antigos, justamente por ser um item indispensável no mundo da moda.
Figura 1
Fonte: https://www.timesofmalta.com/articles/view/20131010/business-comment/Not-just-making-it-up-cosmetic-rules.489765
A maquiagem começou a ser usada pelos egípcios que com o comércio a difundiu pela Grécia e Roma; na idade média ela passou a ser condenada pela igreja, mas voltou a seu auge com a rainha Catarina de Médici na França; foi com a revolução industrial no século XIX que as maquiagens passaram a serem mais acessíveis a todas as classes.
Pode-se dizer que a maquiagem é um dos itens de beleza mais antigos percorrendo séculos sendo aprimorada e aperfeiçoada cada vez mais; sendo assim vamos conhecer um pouco de sua composição para ficarmos atualizados do que usamos no nosso corpo.
Pós faciais
São compostos de CaCO3 (Carbonato de Cálcio), ZnO ( Óxido de Zinco) e minúsculas partículas minerais.
O carbonato de cálcio presente nos pós-faciais é um tipo de sal; Sais são compostos iônicos que possuem, pelo menos, um cátion diferente do H+ e um ânion diferente do OH– em sua composição, exemplo:
NaCl ou Na+Cl–
NaHSO4 ou Na+H+SO42-
Já os Óxidos que também é composição de várias maquiagens são compostos binários nos quais o oxigênio é o elemento mais eletronegativo, exemplo:
Trióxido de Enxofre-SO3
Óxido de Cálcio-CaO
Figura 2
Fonte: http://www.maniavaidosa.com.br/como-montar-uma-maleta-de-maquiagem/
Blush
Compostos por talcos e componentes minerais, também CaCO3 ( Carbonato de Cálcio) e ZnO (Óxido de Zinco) e de acordo com a cor desejada temos: Fe2O3 (Óxido de Ferro) – para as cores marrons, amarelas ou pretas; ZnO ( Óxido de Zinco) e TiO2 (Dióxido de Titânio) – para a cor branca; Cr2O3 ( Óxido de Cromo) – para cor verde e MnO2 ( Óxido de Manganês) – para cor violeta.
Essas cores ocorrem devido aos óxidos serem pigmentos inorgânicos e as cores estão relacionadas com o tipo de íon metálico ou cátion presente; exemplos bem conhecidos são as cores azul ou verde dos sais de cobalto, as cores violetas dos sais de manganês, os verdes de crómio trivalente, os sais de cor amarela ou laranja de bário ou estrôncio nos cromatos ou nos molibdatos, os amarelos do sulfureto de cádmio, o escuro do seleneto de cádmio, os óxidos de ferro, de íons ferrosos ou férricos, com várias cores, os brancos de dióxido de titânio, do óxido de zinco ou do sulfureto de zinco.
Figura 3
Fonte: http://www.sejoganoblush.com/2014/11/kit-de-basico-de-maquiagem-para.html
Batons
Os batons são compostos por álcool cetílico (C16H33OH), óleo de gergelim, cera de abelha, corantes e pigmentos a base de Bromo e alguns ácidos, conservantes e antioxidantes, chumbo que se ingerido é muito prejudicial à saúde, alcatrão de carvão, carmim, cores lago e fragrâncias.
Figura 4
Fonte: http://www.hiperfeminina.com/batom/batons-maybelline
Rímel
São feitos de Hectorite ( argila em pó vulcânica), Carbonato de propileno, Óxido de ferro III, Pantenol , Parafina e Cera de Carnaúba , trietanolamina (espessante e emulsificante), Copolímero acrilato de amônio, Oxicloreto de Bismuto e Trióxido de Dicrómio.
Figura 5
Fonte: http://elianaalvesmaquiagem.blogspot.com.br/2015/07/rimel.html
A maquiagem não é apenas algo atual e sim de vários séculos atrás, a partir dos estudos pode-se concluir que a composição das mesmas leva desde produtos mais naturais até produtos químicos que podem ser bem tóxicos; dessa forma aconselha-se que o uso seja moderado e quando o uso for imprescindível que logo que possível retire a maquiagem com demaquilantes ou produtos que não deixem excesso na pele para que não cause envelhecimento precoce ou outros males.
Referências:
On Line Editora, História On Line Editora, Civilizações On Line Editora– Guia Conheça a História Ed. 01 Egito. On Line Editora,2016.
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/quimica-dos-cosmeticos.htm
http://www.sempretops.com/beleza/mascara-rimel-e-seus-ingredientes/
Feltre, Ricardo, 1928 – Química/Ricardo Feltre. 4. ed. São Paulo: Moderna, 1994.
Mark Weller, Tina Overton, Jonathan Rourke – Química Inorgânica, 6. Edição, Bookman Editora, Versão 2017.