A violência nas escolas públicas

PEDAGOGIA

A violência é um problema social que está presente nas ações dentro das escolas, e se manifesta de diversas formas entre todos os envolvidos no processo educativo. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inseridos, sejam eles alunos, professores ou demais funcionários.

Atualmente, a escola pública vem chamando atenção pelas inúmeras cenas de violência contra alunos, professores e funcionários.

Além disso, a violência estampada nas ruas das cidades, a violência doméstica, os latrocínios, os contrabandos, os crimes de colarinho branco têm levado jovens a perder a credibilidade quanto a uma sociedade justa e igualitária, capaz de promover o desenvolvimento social em iguais condições para todos, tornando-os violentos, conforme esses modelos sociais.

Nas escolas, as relações do dia a dia deveriam traduzir respeito ao próximo, através de atitudes que levassem à amizade, harmonia e integração das pessoas, visando atingir os objetivos propostos no projeto político pedagógico da instituição.

O quê está gerando tanta violência? Rousseau afirmava que os homens não nascem naturalmente maus, a sociedade é que os transforma. De fato, nenhum ser humano nasce violento, ou criminoso, o seu destino não está traçado após a nascença. Os seus comportamentos são fruto do ambiente que são expostos.

Numa sociedade tecnológica, consumista e competitiva, que valoriza a aquisição de bens de qualquer forma, que só dá oportunidades para os que já possuem algo, o comportamento desses jovens poderá ser considerado como adaptativo. Porém, não adianta tratar um sintoma sem primeiramente investigar a sua causa. É muito fácil rotular os atores de violência de desequilibrados, de maus, de desestruturados e não fazer nada para alterar estes comportamentos.

Todavia, a sociedade tem vindo a sofrer significativas transformações devido às exigências atuais, então os pais cedo colocam os filhos em creches ou deixam com terceiros. Chegam em casa exaustos, depois de um dia de trabalho, e ainda têm os afazeres domésticas ou trazem trabalho para casa. Assim a criança é colocada sozinha na frente da TV ou vai brincar sem um adulto que lhe dê atenção. A relação familiar centra-se prioritariamente nas necessidades físicas da criança, ou seja, na alimentação, na higiene e no descanso… Desde cedo que as novas tecnologias imediatamente as seduzem e permitem a aquisição de novos saberes. O seu conhecimento vai progredindo através das informações que recebe do meio onde se insere, do meio familiar, dos colegas, da escola, dos meios audiovisuais. Resultado disso é que a família vem delegando o papel de educador para a escola, dado que é no contexto educativo que as crianças passam a maior parte do dia. Todavia, nenhuma outra instituição poderá jamais substituir as condições educativas da família, nem parece ser razoável que seja unicamente a escola a ensinar valores tão necessários para o normal desenvolvimento da criança tais como: a democracia, as regras para a sã convivência, o respeito pelo outro, a solidariedade, a tolerância, o esforço pessoal, etc.





O Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI (1996:95) reforça que: “a família constitui o primeiro lugar de toda e qualquer educação e assegura, por isso, a ligação entre o afetivo e o cognitivo, assim como a transmissão dos valores e normas”.

À escola não se pode pedir que além de ensinar os conteúdos programáticos exigidos pelo Ministério da Educação, tenha também que ter a função educativa que compete aos pais. No meio de tudo isto, a verdade é que a violência continua a existir e a registrar-se cada vez mais na população jovem.

Nós, sociedade democrática, somos responsáveis pelas consequências educativas das nossas ações. Terá que haver um esforço financeiro governamental, não só econômico, mas também ao nível de recursos humanos, para que programas de combate à violência e exclusão social sejam realmente concretizados e obtenham bons resultados. Não podemos deixar que as crianças se transformem em futuros inadaptados ou marginais, só porque não tiveram referências positivas na infância e porque as diversas entidades educativas se foram “esquecendo” que elas também necessitam de carinho, de afeto, que também são seres humanos como todas as outras crianças. Pais, sociedade, autoridades governamentais é preciso agir, e rápido, caso contrário o caos total vai dominar a Escola Pública Brasileira.

por CRISTIANE RODRIGUES DE OLIVEIRA TOMAZETT Adaptado


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bbraga

Sobre bbraga

Atuo como professor de química, em colégios e cursinhos pré-vestibulares. Ministro aulas de Processos Químicos Industrial, Química Ambiental, Corrosão, Química Geral, Matemática e Física. Escolaridade; Pós Graduação, FUNESP. Licenciatura Plena em Química, UMC. Técnico em Química, Liceu Brás Cubas. Cursos Extracurriculares; Curso Rotativo de química, SENAI. Operador de Processo Químico, SENAI. Curso de Proteção Radiológica, SENAI. Busco ministrar aulas dinâmicas e interativas com a utilização de Experimentos, Tecnologias de informação e Comunicação estreitando cada vez mais a relação do aluno com o cotidiano.

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