Se você viajar no espaço por 55 milhões de anos na velocidade da luz vai chegar à supergaláxia de Messier 87, onde se deparará com isto. É a primeira vez que o homem vê a imagem de um buraco negro. Esse é do tamanho de todo o sistema solar. Tem massa 6,5 bilhões de vezes maior que a do Sol.

Mesmo assim, o diretor do projeto internacional liderado pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos, afirmou: nós conseguimos ver o que achávamos que era invisível.

Para isso, foi usada uma rede de telescópios espalhada pelo mundo: Chile, Antártica, Espanha, México e Estados Unidos. Dessa forma é como se tivéssemos um prato de observação como dos telescópios só que do tamanho do planeta.

Mas a grande dificuldade é que o buraco negro é essencialmente invisível. Ele é como se fosse um grande ralo. A luz que a gente vê em volta é a que conseguiu escapar de entrar pelo cano.

A mesma força que puxa tudo para o chão na Terra, a força da gravidade, fica concentrada de maneira tão intensa que é suga tudo que está em volta como um superaspirador de pó. Estrelas, planetas, gás, poeira cósmica e todo o tipo de radiação são sugadas para sempre, para nunca mais voltar.

O físico alemão Albert Einstein formulou há mais de cem anos a teoria da relatividade. A partir dela, a ciência previu que buracos negros tinham que existir. Mas a previsão parecia tão maluca que nem o próprio Einstein conseguia aceitar. Mas ele não viu a imagem desta concentração tão grande de gravidade que suga até o tempo, o espaço e a matéria.

Lá dentro as leis da física que a gente conhece não tem a menor validade.