A QUÍMICA DA ÁGUA PURA
A água é a substância química mais abundante em nosso planeta. Ela cobre três quartos da superfície da terra. Mas apenas uma pequena parte desse volume é potável e está próxima aos centros urbanos. Sem a química, seria impossível assegurar à população o abastecimento de água. É através de processos químicos que a água imprópria ao consumo é transformada em água pura, límpida, sem contaminantes. O dióxido de cloro, por exemplo, é utilizado para oxidar detritos e destruir microorganismos. O cloreto de ferro e o sulfato de alumínio absorvem e precipitam a sujeira em suspensão, eliminando também cor, gosto e odores. O carbono ativo retém micros poluentes e detergentes. Soda e cal neutralizam a acidez da água. Permitindo ao homem continuar a usufruir de um elemento essencial à vida: água pura e saudável.
O Brasil mantém uma posição privilegiada no cenário mundial: detém cerca de 12% da água doce superficial do planeta. A distribuição pelo território brasileiro é, porém, desigual. O governo federal lançou, em 2006, o Plano Nacional de Recursos Hídricos, que tem metas definidas até 2011 e propôs compromissos com a qualidade da água no Brasil até 2020. Os principais objetivos são melhorar a disponibilidade, a qualidade e a quantidade de água dos mananciais superficiais e subterrâneos, pois estava previsto que em 2020 teríamos que utilizar água salgada.
Água potável
A água potável é aquela popularmente chamada água pura. Para ser bebida por nós, a água deve ser incolor, insípida (sem sabor) e inodora (sem cheiro). Ela deve estar livre de materiais tóxicos e microorganismos, como bactérias, protozoários etc., que são prejudiciais, mas deve conter sais minerais em quantidade necessária à nossa saúde.
A água potável é encontrada em pequena quantidade no nosso planeta e não está disponível infinitamente. Por ser um recurso limitado, o seu consumo deve ser planejado.
Água destilada
A água potável deve ter certa quantidade de alguns sais minerais dissolvidos, que são importantes para a nossa saúde. A água sem qualquer outra substância dissolvida é chamada de água destilada. Veja como se consegue água destilada.
Para retirar sais minerais e outros produtos dissolvidos na água, utiliza-se um processo chamado destilação. O produto dessa destilação, a água destilada, é usado em baterias de carros e na fabricação de remédios e outros produtos. Não serve para beber, já que não possui os sais minerais necessários ao nosso organismo.
Veja como funciona o aparelho que produz água destilada, o destilador:
Observe que a água ferve (1) com ajuda do (2) Bico de Bunsen (chama que aquece a água), transformando-se em vapor (3), e depois se condensa (4), voltando ao estado líquido. Os sais minerais não vaporizam, mas ficam dentro do vidro onde a água foi fervida (chamado balão de destilação).
Água mineral
A água do mar é salgada porque tem muito cloreto de sódio, que é o sal comum usado na cozinha. Justamente por ter tanto sal, não é potável. Se bebermos água do mar, o excesso de sal nos fará eliminar mais água na urina do que deveríamos, e começamos então a ficar desidratados.
Já a água doce, dos rios, lagos e fontes, tem menos sal que a água do mar e pode ser bebida – desde que esteja sem micróbios e produtos tóxicos ou que tenha sido tratada para eliminar essas impurezas.
A chamada água mineral é água que brota de fontes do subsolo. Ela costuma ter alguns sais minerais em quantidade um pouco maior que a água utilizada nas residências e, às vezes outros sais.
A água mineral é, em geral potável e pode ser bebida na fonte ou engarrafada – desde que a fonte esteja preservada da poluição e da contaminação ambiental e que o processo de engarrafamento seja feito com higiene.
O mar pode “morrer”?
Na Ásia, há o famoso mar Morto, que é um exemplo de que um mar pode “morrer”. O mar “morre” e os lagos também quando o nível de salinidade, isto é, a concentração de sais da sua água, é tão alto que não permite que os peixes, a flora e outros seres vivam nele. Esse fenômeno ocorre por vários fatores, entre eles: pouca chuva aliada à evaporação intensa (clima quente e seco) e corte ou diminuição do regime de escoamento de rios.
Açude no Acre secando.
A água no estado líquido ocupa os oceanos, lagos, rios, açudes etc. De modo contínuo e lentamente, à temperatura ambiente, acontece a evaporação, isto é, a água passa do estado líquido para o gasoso.
Quanto maior for a superfície de exposição da água (por exemplo, um oceano ou nas folhas de árvores de uma floresta), maior será o nível de evaporação. Quando o vapor de água entra em contato com as camadas mais frias da atmosfera, a água volta ao estado líquido, isto é, gotículas de água ou até minúsculos cristais de gelo se concentram formando nuvens.
Ao se formar nas nuvens um acúmulo de água muito grande, as gotas tornam-se cada vez maiores, e a água se precipita, isto é, começa a chover. Em regiões muito frias da atmosfera, a água passa do estado gasoso para o estado líquido e, rapidamente, para o sólido, formando a neve ou os granizos (pedacinhos de gelo).
A água da chuva e da neve derretida se infiltra no solo, formando ou renovando os lençóis freáticos. As águas subterrâneas emergem para a superfície da terra, formando as nascentes dos rios. Assim o nível de água dos lagos, açudes, rios etc. é mantido.
A água do solo é absorvida pelas raízes das plantas. Por meio da transpiração, as plantas eliminam água no estado de vapor para o ambiente, principalmente pelas folhas. E na cadeia alimentar, as plantas, pelos frutos, raízes, sementes e folhas, transferem água para os seus consumidores.
Além do que é ingerido pela alimentação, os animais obtêm água bebendo-a diretamente. Devolvem a água para o ambiente pela transpiração, pela respiração e pela eliminação de urina e fezes. Essa água evapora e retorna à atmosfera. No nosso planeta, o ciclo de água é permanente.
Ciclo da água
Água Pura
Água pura é uma água isenta de substâncias estranhas e de organismos vivos. A água quimicamente pura, no sentido rigoroso do termo, constituída exclusivamente de hidrogênio e oxigênio, não existe na natureza, pois, sendo a água um ótimo solvente, nunca é encontrada em estado de absoluta pureza. Sua capacidade de dissolução é ainda mais aumentada quando contém, dissolvido, quantidades significativas de CO2, O2, e outros gases. Explica-se assim porque a água natural contém, em grande quantidade, substância minerais que são características dos terrenos por onde ela circula. A temperatura e pressão elevadas seu poder dissolvente é ainda maior, razão porque as águas termais são bastante mineralizadas. A água só é isenta de substâncias dissolvidas quando em estado gasoso. Mesmo nas mais altas camadas atmosféricas, onde ocorre em forma de pequenas partículas, contém nitrogênio, oxigênio, gás carbônico e outros gases dissolvidos. Quando se precipita sob fora de chuva carreia consigo, em menor ou maior quantidade, conforme se tratar de atmosferas urbanas ou rurais, gases, fumos, poeiras, substâncias minerais ou orgânicas, microorganismos e, eventualmente, substâncias radioativas provenientes de explosões atômicas. Este fato ,conhecido como lavagem atmosférica , faz com que as águas meteóricas sejam consideradas como águas não puras, apesar de, na maioria das vezes, serem de boa qualidade. A água para fins de bebida deve ter vários minerais e gases (02; N2; CO2 e gases nobres) em dissolução. A falta de sais e oxigênio dissolvido tornam-na sem paladar e não saudável. A presença de sais minerais na água é essencial à vida orgânica. A expressão água pura é vulgarmente usada como sinônimo de água própria para uso domésticos. 3.1.2 – Conceito Relativo de Impureza A água possui, normalmente, uma variedade muito grande de impurezas. São estas, por sua qualidade e quantidade, que estabelecem as características físicas, químicas e biológicas da água. O conceito de impureza da água tem significado muito relativo, dependendo inteiramente das características próprias da substância estranha à água e do seu teor, face ao uso específico para o qual a água se destina. Assim, uma água destinada ao uso doméstico deve ser desprovida de gosto, ao passo que numa água destinada ao resfriamento de caldeiras esta característica não tem importância. Inversamente, a dureza (teores elevados de sais de cálcio e magnésio) não tem significação para o uso da água como bebida mas tem influência em certos usos domésticos e industriais, tais como lavagem de roupa, água para caldeiras, etc. 34 Portanto, a qualidade da água natural e a que se pretende obter para fins de consumo vão influir não só na escolha do manancial mas, principalmente, no processo e no grau de tratamento a serem adotados. Deve-se observar, porém, que do ponto de vista de saúde pública a qualidade da água não constitui o único fator influente. A quantidade de água disponível é fator de igual importância pois é o único meio que impede a disseminação de enfermidades associadas à falta de higiene. O tratamento de uma água de modo a que sirva para todos os seus variados fins é impraticável, antieconômico, quando não impossível. Uma vez fixada a sua utilização, devem ser observados, rigidamente, os seus padrões de qualidade de modo a garantir sua uniformidade e segurança.
Ler a situação de aprendizagem 1 e 2 do caderno do aluno, onde abordará a diferença da agua potável e água pura.
Bons estudos!
Fontes pesquisadas:
https://pt.slideshare.net/diogo087/caderno-do-aluno-qumica-2-ano-vol-1-2014-2017